16 de março de 2008

ROUND ONE


Ela andava na linha reta.
Ele andava na contra mão.
Um dia se encontraram, sentaram então a razão e o devaneio.
A razão olhou para o céu é disse:
_Está vendo não te disse, que a física pode explicar os corpos celestes.
O devaneio começou a rir. Não agüentou e disparou:
_ Claro que pode, mas a física é careta, não pode dançar e trazer música como a poesia.
A razão revoltada procurou o Discurso do Método.
Só que Descartes havia sido convidado para uma reunião na casa de Dionísio.
Quando razão e devaneio chegaram lá a porta estava aberta.
E um conviva bêbado proclama:
_ É Descartes está certo, no seu terceiro postulado diz que as mudanças tem que serem feitas na consciência de cada um para que o exercício da razão se torne maneira habitual sem preconceitos.
A razão vai soltar um palavrão. Mas o devaneio diz:
_Vamos tomar um pouco de vinho!
A razão pra lá de puta pergunta:
_Quem é esse bêbado?
_ É a verve responde o devaneio.

3 comentários:

  1. Entre a razão e o devaneio, fico sempre com o devaneio, culpa dos meus olhos que insistem em continuar verdes... apesar de tudo.

    Belo texto, parabéns

    Agradecida pela visita, só não entendi o "AUUUUUUUUU" que deixou por lá..rsss

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  2. obrigado pela visita

    continue com seu devaneio
    qualquer dia te darão razão
    abraço

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  3. poesia-filosofia-poesia-filosofia-poesia.
    coisa boa demais.

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