14 de fevereiro de 2009

COSMOLÓGICO

abre as asas do sol
fagulha uma coisa que é avelão nas nuvens
desfaz a sobrancelha do tempo
arremesso o sono
quando eu fincar o fogo
é hora de expor a fratura
pago à vista
e não deixo fritura
engravidar todas as metonímias alheias
desdizer coisa que é matéria ímpar
ao redor captar cosmos traduzindo physis
madrepérola do espanto telepático
de admirar com o incompreensível.

4 comentários:

  1. hj tava lendo um poema seu no livro que achei o maximo, um que dizia que vc fumava banana. eu adorei.

    bjosss...

    ResponderExcluir
  2. O incompreensível é a necessidade:
    Vida.
    Sucesso, Cássio! Você como sempre
    surpreendendo.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  3. Belíssimo poema, Cássio...dos melhores da "safra cósmica".Um grande beijo!

    ResponderExcluir