25 de novembro de 2014

o lago amiúde
silencia longe
vejo o infinito no instante.

SUPREMO VERBO


- Vai, Peregrino do caminho santo,
Faz da tu'alma lâmpada do cego,
Iluminando, pego sobre pego,
As invisíveis amplidões do Pranto. 



Ei-lo, do Amor o Cálix sacrossanto!
Bebe-o, feliz, nas tuas mãos o entrego...
És o filho leal, que eu não renego,
Que defendo nas dobras do meu manto.


Assim ao Poeta a Natureza fala!
Enquanto ele estremece ao escutá-la,
Transfigurado de emoção, sorrindo...


Sorrindo a céus que vão se desvendando,
A mundos que vão se multiplicando,
A portas de ouro que vão se abrindo!


CRUZ E SOUZA


Foto da internet no site:
http://www.pedromigao.com.br/…/cruz-e-sousa-poeta-simbolis…/

24 de novembro de 2014

HOJE É DIA DE CRUZ E SOUZA - 153 ANOS

O Assinalado

Tu és o louco da imortal loucura,
O louco da loucura mais suprema.
A Terra é sempre a tua negra algema,
Prende-te nela a extrema Desventura.

Mas essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
Faz que tu'alma suplicando gema
E rebente em estrelas de ternura.

Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas etrenas, pouco a pouco...

Na Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco! 

Cruz e Souza - O Poeta do Desterro, de Sylvio Back | SESCTV

http://www.youtube.com/watch?v=QM9z7e6y8Ho

23 de novembro de 2014

PAIXÃO DO OSTRACISMO



Foto: Robson Corrêa de Araújo

Comer ou não comer carne não é o problema.
O problema é a alma que está na própria carne.


COMENTÁRIO DO ALBERTO LINS CALDAS SOBRE MEU LIVRO FAÍSCA

*
ninguém tem nada com isso, mas tou lendo e relendo a "faísca" de cássio, numa edição deliciosa do “coletivo anfisbena” e das “edições imprevisto” (feito a mão, pra cada leitor, pra cada momento pessoal). são poemas do corpo, da vida, do correr da língua pelas ruas da cidade, pelos momentos de solidão e encontro. fragmentos de uma corrida q não se cansa de falar, de gritar, de resmungar, de sacudir e empurrar. “nada é grande”, mas com a palavra de cássio sentimos q algumas coisas podem ser grandes e belas e q o corpo realmente não sai de moda. parabéns e obrigado por esse momento de ilusão e realidade, ou melhor, esse momento de poesia.
*

Original do facebook:

https://www.facebook.com/cassio.amaral.357

21 de novembro de 2014

NO COVIL DOS LOBOS

No covil dos lobos
O lobo mor uiva mais alto para mostrar quem manda
Os lobos que já alcançaram seu lugar querem mandar 
em cima dos lobos que ainda precisam conseguir alcançar
seu espaço

No covil dos lobos
O lobo artista finge que é bobo
Uiva pra lua distraída quando ela sai
E brinda com seu uivo o absurdo dos absurdos. 


Foto: Robson Corrêa de Araújo


19 de novembro de 2014

Quero Quero


Foto: Robson Corrêa de Araújo



quero um poema explosivo
que me levante voo
no infinito do signo


14 de novembro de 2014

sol arqueado
telepatia do tempo
um sorriso malhado.
Foto: Cássio Amaral. 


13 de novembro de 2014

VENTANIA IN NATURA

I

vento diz sim
folhas voam displicente
arqueio o voo no infinito.

II

folhas rocam um haikai
deus lança um olhar
no vento que bate no fim de tarde.

III

vento alimenta o imprevisto
não há palavras
folhas traduzem natureza

IV

barulho de folhas que voam
o vento é um deus
que me abraça no ato.

V

cinco folhas
estão impressas
no olhar do absurdo



8 de novembro de 2014

TWITTER PUSILÂNIME II


Foto: Cássio Amaral. 

159- O poema está indômito meio Sangangum Torquatálio.
160- Torquato Neto assobia um ritmo abóbora atrás da lona.
161- O silêncio explode um som absoluto.
162- O silêncio é uma oração que comungo mesmo com Halloween.
163- A bruxa faz versos plenos de metáforas. Sua vassoura é verve Poiesis.
164- Dou um tom de ziriguidum na abóbora do Smashing Pumpkis.
165- Uivo no absurdo minha poesia que reflete o inominável.
166- O imprevisto é a casa materna do poema.
167- Halloween fabrica o lobisomem no texto.
168- Sol concentra-se em meu verso o amplexo é minha constante.
169- Sol é minha pátria Araxá é minha tribo e meus índios.
170- Smashing Pumpkins " 1979" é o ano de nascimento da minha mulher.

6 de novembro de 2014

TWITTER PUSILÂNIME

1- Toda falação é só fala sem ação.
2- Longe o silêncio alinha o sagrado.
3- Ruídos sonoros dão tom de indústria.
4- O cinza do céu explode Baudelaire absoluto.
5- Pedalo metonímias no buraco negro busco significado e Poesis.
6- Cachorros latem versos blues em Pompéia.
7- Esculto Vincíus de Moraes ou Yes para aliviar a mente.
8- O ser humano mente para si mesmo e acha que é verdade.
9- As pernas curtas da mentira são ditas pelo cinismo.
10- Dez silêncios amiúdes vêem nossa estupidez.

4 de novembro de 2014

CEREBRAL




Para Rodrigo de Souza Leão

A coisa coisando
Tudo causa
Vida pele no fatal
Gangrena no verso conciso
Os deuses dizem pegue sua lira
No labirinto da sina
Faça da passagem
Volts
Eletrodos que gingam na tua
poesia musicada
vulcão do leão
que uiva todos os cachorros azuis.

Cássio Amaral.
07/07/09

TUDO É PEQUENO



Tudo é pequeno
A fama
A lama
O lince hipnotizando a iguana
O grande
É a arte
Há vida em marte

Rodrigo de Souza Leão


RODRIGO DE SOUZA LEÃO 49 ANOS HOJE DE PURA POESIA E LITERATURA. VIVA O LEÃO QUE NUNCA MORRE.

Entrevistamos  Rodrigo de Souza Leão. Da esquerda para à  Direita:
Eu, Rodrigo, L. Rafael Nolli e Ricardo Wagner janeiro de 2007 no Rio de Janeiro.



Hoje o amigo Rodrigo de Souza Leão completa 49 anos.
Viva o Leão que nunca morre.
Sua obra fica nos livros póstumos.
Sua obra fica na sua poesia.
Parabéns Digão!
Você marcou a literatura brasileira dos últimos anos.
A entrevista que fizemos com ele saiu aqui no meu blog em janeiro de 2007,
ou na Germina literatura:

http://www.rodrigodesouzaleao.com.br/files/hor/entrevistas/entrevistas7.htm

Abraço.


1 de novembro de 2014

PIRATUBA ÁGUAS QUENTES NO MEU SIGNO


silencio no cio
passo leve
vou em frente
aqui e acolá
deve ter um orixá rindo de mim
rindo pra mim
rindo comigo
quando esse céu azul dispara em mim apenas passagem
quando sou passageiro dessa árvore chamada vida
o verde amarelo abrem um sorriso sem sentido
que dou no meio da rua motivado por erasmo de rotterdam
a loucura cura o dia que passa no poema que finco
sempre nos frutos colhidos das palavras armadas de

sentidos.