23 de agosto de 2010

I



vôo um poema quântico
na amplitude do cosmos
me desfaço


haikai e foto: Cássio.

II

vôo o cosmos
na infinitude
me refaço


haikai e foto: Cássio.

III

vôo palavras
amplitude do sol
faíscas faço

haikai e foto: Cássio.

22 de agosto de 2010

(...)

bato falo aceno
fogo píncaro vulcão
corpo topo corte
faca alma madrugada 
mergulho água gozo. 


Poema e Foto: Cássio.

20 de agosto de 2010

Passageiros


nossos passos
percurso do tempo
a vida passa


19 de agosto de 2010

XXI


Osso chamou Tutano para 
dar uma volta no pântano
O Cerne ficou olhando de 
soslaio o ventre do dia.
Raios & Sombras traziam
um suspiro que 
alongava as nuvens num
verso de Quintana.
Depois do vaticínio 
uma frase sorrateira
impregnava seus passos:

Determinar o previsível é não 
desfazer do comum.




16 de agosto de 2010

Palavras no palavroiro parlam


(Desenho da minha amiga e vizinha Pepê que tem dois anos)


Em todo o pântano há soluços psicodélicos
Sacis que dizem metafísica em poeira cósmica
Um surto de duendes que explodem na noite &
Brindam Dionísio que faz firula com Cucas,
Dixins, Elementais que descem do balanço com
Trem da vida. A História nos seus revivais

Em todo córrego nasce o lodo do poema
Impregnado de Filosofia & Sangue
Ardência pronta pra alucinar a viagem
Talvez Michel Onfray lecione uma aula de
natureza social aos sapinhos de plantão

Talvez a Universidade Popular crie sapatos
que calcem os meninos descalços da Escola
Gasino de Santa Catarina.

A viagem é corte mais profundo, grito desesperado
Sartre dando Palavras nas nossas palavras
A viagem é boca engolindo alma
Quando salta dos nossos olhos o paradoxo
Desmistificando o paradigma

A palavra é  sutil na música que bate
No enlevo do frio
Que o existencialismo nos cava.

14 de agosto de 2010

Liqueser


Para Iosif Landau

Água em alto mar
Remo Romênia Bulgarest
Terra do ser linha de vento
Contra mão Kerouac num 
brinde de Bukowski

Água tempestade da alma
sorriso sarcástico ironia sutil 
proa palavra pique
porão Netuno timão

Água pirataria das putas
de Copacabana num Samba Jazz
Onde o vinho é tatuagem
No verso da bunda do tempo. 

SHABAT SHALOM meu querido Iosif Landau, sensei, mestre, amigo e  irmão.

Hoje faz um ano que Iosif passou para o mundo espiritual. 
Eu o conheci através de nosso amigo incomum Rodrigo de Souza Leão.
Digão conheci pessoalmente no Rio.  Ricardo Wagner, Rafael Nolli e eu o 
entrevistamos. Iosif conheci virtualmente. Sempre me tratou bem, gente fina,
muitos emails trocados e teclamos algumas vezes pelo msn.
Digão passou em Julho e seu amigo Iosif Landau passou no dia de hoje 14/08/2009.
Os dois fazem falta, saudade dos dois e do que produziam na literatura.

Shabat Shalom Iosif. Meu muito obrigado mestre por tudo. 

Podem conferir muitos escritos de Iosif no blog que ele deixou:

                                                             http://yehudabenelin.blogspot.com/

Site de Iosif:

                                                               http://www.iosiflandau.com/






12 de agosto de 2010

Na pegada a sombra


sombreio palavras
ritmo música sem correntes
sol que abre luz

10 de agosto de 2010

Janelas


I - O papo do vento é janela do frio.

II - Janela Secreta esconde Janela Indiscreta?

III -  A janela do tempo da bundada na nostalgia.

IV -  Da janela o mar grita um verso.

V - A Quinta dos Açorianos é janela da natureza.

VI - A janela da vida é História.

VII - O Pensamento é Janela do Humanismo.

VIII -  Abra a janela do Chip e clique o Poema Nuclear.

IX - Megabytes  da Oficina dos Sonhos são janelas da Arte.

X - Da janela o ideograma é sombra num haikai.

XI - Poeta abre janela do poema para rasgar-se.

XII - A janela da Filosofia pensa nossa trajetória.

XIII - Treze janelas dão vozes nos conceitos?

XIV - A Loucura faz Poesia na Janela do contexto.

XV - Os vaticínios abrem janelas do pensar.

XVI - A janela da Filosofia tem Espanto e Admiração.

Philo & Poética da Sombra...


I - Poeta é a sombra do tempo.

II- Não há Poesia sem Filosofia.

8 de agosto de 2010

Outra Odisséia

A porta do infinito grita
visões que chegam ao sol
Artaud sangra em cena
Névoa que dá trégua na manhã
Rimbaud no ar sopra o vento sul 
de Álvarez de Azevedo
Vaticínio & Profecia
se encontram na praia 
do Absurdo.

6 de agosto de 2010

Extra VAGANCIA Psicodélica...

Corte além psicodelismo
O céu explode  deuses satíricos
Alimento  inominável num verso
A pintura estilhaça  Captain Beefheart & his Magic Band
Céu pinta Dali 
Gala no tempo que nos mata
Nuvem Negra

Fios desconstroem tarde

Olho na greta da nuvem negra

Rasgo infinito na boca dos deuses satíricos

Névoa que brinda a chuva

O frio traz um pingo

de transgressão

Fotografo flores milenares que desfolham Baudelaire

na praia clandestina

o improviso
CANINOS NA NUVEM NEGRA


I

A nuvem negra no céu
é cão da chuva
ou do frio

II

faminto
alimento
o invisível

III

o reflexo do cão
é tela mental
das nuvens que desfazem.

IV

arabesco negro céu
estilhaços de Rock and Roll
que o estilhaço penetra de improviso.

V

cães no céu tudo negro
nuvem que ri
no flash infinito.

Nevoeiros...

1-  O surreal deu bom dia no sul: névoa, úmidade e frio.

2- Carrego flores de Marte no íntimo do meu ser.

3- O mineiro faz as beiradas serem bem comidas.

4- O que é certo é seta de algo fechado.

5- A fotografia do céu é uma nuvem muito negra.

6- Sexta-feira rima com descanso e curtição.

7- A História diz revivais onde nós não mudamos ainda.

8- O círculo se abre na amplidão do nosso caminho.

9- Eremita diz haikai num momento de descontração.

4 de agosto de 2010

Nevou por aqui!

1
O frio traz uma ironia de Sócrates?


2


A economia de luz é utopia?


3


Em 2012 o mar levanta os cabelos de Netuno?


4


8º Graus brindam um pensamento de Goethe.


5


O poema assassinou a prosa de forma trágica.


6


Não há juízo no Brasil, pois o Juiz vende Liminar e se aposenta
com R$ 25.000 reais.


7


A criação faz a Oficina do Sonho parir a Amplidão.


8


O texto engole o contexto.


9


A História molha o dia. 


10


Mil estilhaços dão um poema.

11


O Conto vingou-se da poesia deixando-a no subentendido. 


12


A Chuva voltou com o frio surfando na neve. 


13

A sombra de meu cão Stubbe é o verso
que me salva.

1 de agosto de 2010

FRIO NOS OSSOS


I

no beco sem saída
sai
a rua

II

asfalto amiúde
Rua sem saída
dispensa caminhos

III

caneta preta
signos brancos
Ulisses sobrevive ao mar.

IV

devolvo o nada
no tudo
que o verso fabrica

V

faço tudo
no nada
que o poema diz

VI

Além do infinito
digo amplidão
na palavra certa.
ÁGUA

AGA ÁGUA ALHURES
ALGURES VIDA PINEAL
PETRÓLEO do Futuro
Fábrica da natureza
Que escorre sobrevivência.
III

sono na tarde fria
a cama é paraíso
que eleva a temperatura.
II

som nas ruas
festa anunciada
vento que dança na chegada
I

frio beija a tarde
chuva distraída
a vida passa
OSSOS DO FRIO

Vento cortante
Sopro preparado
Frio que caminha errante.