31 de dezembro de 2007

CURVAS DE CABEÇA PRA BAIXO - BRASÍLIA UIVA E UIVEMOS POIS!




Robson Correa de Araújo e eu.


Cafungo riscos arebescos nuvens dizem direção de um céu azul

Brasília brasil brasis robson & bizé sensei e senseis...

Cheiro rapé digo o q a esquina diz em milhares de curvas sinuosas

Fumo thdf, quadros & quadros de lygia e arte em todo respirar

Brasília brasis cervejas , brejas e cervejas, bares luminosidade

Iluminar sempre além dos olhos diderot, philos

Meu cor-

Ação platão rasgou num mote uma dictomia além vaparaíso gimba jr

Tio mestre amado jorge bem jor musica indiana, busca e encotros

Rápidos sem esperar ou combinar

Brasília diz a direção refugio é o haicai da noite que miranda antonios e antonios sabem q poesia se faz com sangue e salomão é rei de safra quebrada taveira caeiro de bucólicos instantes meu diário é estrada e oplanalto central dês

Carilha toda nave que voa.

Estou na casa de Robson Correa de Araújo e Bizé em Brasília, tudo zen, tudo bem, tudo louco locos logo, tudo pó-

ESIA, ARTE EM TODA PARTE. Contatos, entrevista no primeiro dia no Valparaíso de Goiás onde meu tio faz um programa de Rádio. Tudo avesso e estradas inclinadas.

Saímos, bebemos, rimos e conversamos, poesia muita e muita leituras e leituras de poemas já mortos, já ressuscitados e alugados.


ALGUNS HAI-KAIS DE ROBSON CORREA DE ARAÚJO:

1

PALAVRAS SEI

SUGIRO

JAPONES CORTE

2

VIRGULA ENCANCHO

GUARDO CHUVA

NA MÃO

3

REBENTO MÁSCARA

SOPRO A DEIXA

UM MANTO

4

COBRIR

CO-IR

BR

5

RASO FUNDA

ESPELHO

SEM TREMER

6

NÃO DEVE CINCO

SEM SETE CORES

ESTENDO A MÃO.

7

MARGEIO GELADA

RÉGUA AO LADO

ESQUERDO DA FOLHA

8

A LATERAL

LANTERNA

CHINESA

9

BALÃO

CHEIO

AR QUENTE

10

ESTRANHO

A ESTRELA

O LANHO

11

UMA LINHA

AINDA QUER PROSA:

DESCARRILHO.


29 de dezembro de 2007




Em 2001 estava na Rádio Scalla Fm.
Ia lá pra ler uns poemas nos programas Járdins Elétricos que Giovani Metal
apresentava e Free Rock que Marcão Maneira apresentava.
Já tinha acabado o Jardins Elétricos e tomávamos uma coca com run.
O telefone toca e alguém diz a Marcão Maneira que Cassia Eller tinha morrido.
Um grito se fez na rádio, um rombo, um lance louco bateu. Marcão não agreditou,
pois estávamos em Araxá uma cidade provinciana, onde o que rola é o breganejo
e talvez um gaiato estaria passando uma pilhéria, uma piada, um trote pra acabar
com nosso sábado de rock, de poesia e de coca com run.
E, outra vez o fone toca dizendo que Cassia Eller tinha morrido.
Marcão não agreditava, nem eu, nem ninguém na rádio.
Marcão ligou em sua casa e confirmou com seu irmão a informação.
Sim, tinha morrido. E aos nos dizer lágrimas correndo por todos os rostos.
Não aguentei, não aguentei chorei pra caramba, putz eu tinha perdido o último
show dela em Uberlândia, tinha grana e na hora não rolou de ir, falhei com Eller,
falhei comigo, com a música de Eller, não rolou , não fui ao show.
Hoje seis anos depois lembro dela e meus olhos estão úmidos, a saudade bate
e lágrimas ainda chovem de leve na minha face.
A voz de Cassia Eller, a atitude de Eller, a arte engolindo a vida.


Para Cassia Eller

voz talhada para o blues
no imprevisto da noite
alma vulcânica e stellar
vida que marcou favos
de cogumelos plutônicos
tudo que a lágrima dispersou
xará que rasgava as madrugadas
que brincava com o gato preto de Poe
chicote de Lou Reed
no samba da contramão
socorro
no passeio sentado só
a saudade frívola derramante
de sangue
me traz sua imagem
por enquanto.

Cássio Amaral.

27 de dezembro de 2007

Desenho do amigo Quedo
"a humanidade caminha de ré
eu caminho em sol"
Cássio Amaral e Rogério Saraiva
Os blogs de Quedo e Rogério Saraiva estão linkados aí do lado

23 de dezembro de 2007

O Natal de todo dia


Meishu-Sama ministrando Johrei.



O significado de Sonen que deu origem ao meu blog anterior é PENSAMENTO -RAZÃO+SENTIMENTO + VONTADE

Eu só coloquei um n a mais e ficou Sonnen que está linkado aí do lado.

Nunca fui de Natal, sempre fiquei triste no natal, desde criança. Meus pais são simples e me ensinaram a simplicidade, a essência e a alma das coisas. É isso que busco na vida. Aos doze anos me deparei com uma filosofia(JOHREI da Igreja Messiânica Mundial que pratico até hoje) japonesa e cai nela de mergulho. Li depois o Budismo, zen budismo, li a magia(já namorei duas bruxas Wicca) , li muita coisa. A busca, sempre a busca na minha alma. Iniciei-me na AMORC(Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis) em 1997 quando morei em Brasília. Repito quero a essência das coisas. O mundo às vezes me agride muito, a violência me deixa mal. O comércio do natal é estranho pra mim. Mas tudo bem, um presente é bom. Ainda sou um menino, um menino homem.

Em 2001 escrevi este texto pensando o natal:


O NATAL DE TODO DIA

O Natal tem que ser no dia-a-dia

Nos sinais que estão no céu

Na coragem do auxílio ao próximo

Na mudança íntima de cada pessoa


O Natal é a consciência

De que nós somos todos irmãos

E que estamos ligados a Inteligência Cósmica

Filhos de um único Pai


O Natal é o Respeito, o Amor e o Direito

De tratar bem a todos, até mesmo a Natureza e todos os Seres

É o momento de sentir a brisa de vento

E tirar dos nossos corações os ressentimentos, lamentos, falsidades e explorações


Não é deixar para Dezembro e fingir que está sobre o espírito Natalino

É praticar o que um ser Divino nos legou com sua compaixão e seu Amor

Tirando da vida a dor

E mostrando uma nova Cor


O Branco da Paz.


Cássio Amaral.


Hoje é aniversário do meu mestre. Meishu-Sama muito obrigado por tudo!

MEU SONEN(PENSAMENTO) PRA TODOS QUE ENTRARAM AQUI ESTE ANO E TODOS AMIGOS E CONHECIDOS É MUITA LUZ, SAÚDE, PROSPERIDADE E PAZ.

BEIJABRAÇÃO PRA TODOS.

21 de dezembro de 2007



Na casa de Ricardo Wagner. Da esquerda pra direita: Ricardo, eu com coisas da escola nas mãos, Cassio Dias e L. Rafael Nolli.


Na casa de L. Rafael Nolli. Nolli lendo o Uivo, Caim, Flávio Offer, eu com o copo na mão e Ricardo Wagner




O lero lero com Tavinho Paes em seu ap, da esquerda pra direita: Ricardo Wagner, Tancredo Borges Guimarães (Quedo) em pé, Tavinho Paes, eu e L. Rafael Nolli (o Nolli).


A entrevista toda vocês podem conferir aqui no mês de fevereiro.



O amigo Rodrigo de Souza Leão, um dos melhores poetas da atualidade pra mim.


O lero Lero com Rodrigo vocês podem ler aqui no mês de fevereiro. Ana Peluso o republicou no site OFFICINA DO PENSAMENTO.




Eu e a estátua do Drummond em Copacaba, meu segundo livro Estrelas Cadentes na mão da estátua.





19 de dezembro de 2007

(Eu criança com três anos. Essa foto tem 31 anos)
todo dia me suicido
lembrando que nunca envelheço
meu preço é ser inocente.
Cássio Amaral.

17 de dezembro de 2007

Para o vovô Lau


Foram renegados
Jogados no navio
Feito animais
Sempre injustiçados
Sempre marginalizados
Ah! Quão grande é nossa evolução!
Se ainda
Cometemos este Apartheid
No mar venenoso
Da mente
Que julga a pele
Essa pele
Que clama direito
De existir
De “ser humano”
De ser cidadão
Já chega! Chega de escravidão!
E imagino
Zumbi trazendo a consciência
De que o mundo tem sangue negro
Para clarear
E queimar
A ignorância do racismo
Brasil não seja vil
Seja apenas negro
Como todos nós somos



Cássio Amaral
29/10/03



(Meu avô Laudelino Dias da Cunha, pai da minha mãe era negro. Fiz este poema pra ele na faculdade, sem mexer. Na verdade pensei num Rap, mas ninguém musicou. Ele morreu quando eu tinha dois meses de idade em 1973. Uma menina da minha sala a Mariana o aproveito num trabalho na época da faculdade). Muito obrigado meu avô pela minha vida. Obrigado aos meus outros antepassados também. Sem eles eu não estaria aqui hoje. Vovô Lau era negro, como é negro todo o Brasil). Ele casou com a minha avó que é branquinha e descendente de italianos, deu uma mistura muito boa.

13 de dezembro de 2007

Fagulha para Alice

Tela de Arthur Dicrayon


links dos sites de Arthur Dicrayon e Alice Ruiz aí do lado


Para Alice Ruiz

o futuro
é o claro
dentro do escuro

Cássio Amaral.

11 de dezembro de 2007

Amplidão




Para Sergio Sampaio







Nuvens cortam o tempo

O risco é vida

O disco é momento

A música é sentimento

O imprevisto do sol

Comunga em nuvens além

O visto é além daquilo que se vê

O imprevisto é amor que se tem

A vida é além de tudo um risco

Arrisco no imprevisto dos versos

Melodia de um momento

Dia do relampago que afaga sentimento

Cássio Amaral

Outro dia Joel Macedo me aplicou a comuna do Sergio Sampaio, o qual admiro muito. Grande compositor da música brasileira e grande poeta.
Mandei esses versos de bate pronto, sem pensar muito. Na verdade tinha escrito outros versos pra um letra em homenagem a ele. Na hora de publicar na comuna dele no orkut perdi. Aí fiz estes acima. Conversando com o Edu, meu brother de São Gotardo falamos em fazer desses versos uma canção. Foi assim que rolou estes versos. Quando Edu musicar dou um sinal a todos.
O blog do Sergio Sampaio está linkado aí do lado.
E a comuna do orkut é:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=158508

7 de dezembro de 2007

ASAS ÊXTASE DAS PORTAS ALADAS

Tela de Salvador Dali


asas distraídas
conhecem portas
e saídas

(Esse haicai foi para uma camiseta da coleção da artista Rosana Jotta. A camiseta ficou muito legal. Pena que estou sem como publicar a foto dela aqui).

portas abertas gritam sol
Andy Mckke sola
o amplo do universo.

portas abertas
o branco simplifica um up grade
Keb’Mo’ em Love Train

VÔO DE LIBERDADE

asas distraídas
sempre sabem
das rotas e das saídas


nuvens dispersadas de símbolos
filetes de amplidão
que dominam o céu escarlate de jazz

Cássio Amaral.

3 de dezembro de 2007

UM UIVO DE UBERLÂNDIA

Peguei meu celular em Uberlândia na casa do amigo

Wellington Telly e mandei o que penso sobre a poesia

de bate pronto, sem decorar nada.

O amigo Cassio Dias o publicou no Youtube, e compartilho

o lance aqui.

1 de dezembro de 2007

Paulistânia Capítulo 2 Versículo 1



Durante aquela madrugada, no canteiro central do chamado “minhocão”, a fumaça nos eleva e ia de encontro ao concreto dos prédios sem alma e depois se
perdia na densa atmosfera.
1:23 da matina de um sábado quente que encerrava o último dia do horário
brasileiro de verão. Mochilas no chão.
Suor na testa. Fogo na bomba e milhares de janelinhas que viam a cidade
ser nossa enquanto nos “elevávamos”. Ali, da baixa mureta, pode-se ver a luxúria equilibrando-se em saltos agulha e expondo sua carne apetitosa, nas vitrines prostituídas da calçada da infâmia. –Preços a negociar (Nas ruas da indústria informal do prazer, deus é sim, uma nota de cem).
Deus abençoe estas pobres almas pecaminosas, que sobrevivem num lugar
onde as preces não são ouvidas simplesmente porque elas nunca começam. Elas já nascem mortas.
As preces foram abortadas com pedaços de cabides intra-uterinos e o feto daquela noite que um dia seria uma criança transborda lentamente em alguma
privada de motel.

MaicknucleaR

Do seu livro Meu Doce Valium Starlight

O livro é artesanal e muito bom, além da capa ser de papelão e muito legal.

Pedidos do livro pelo email:

dulcineia.catadora@gmail.com

O blog do Maick tá linkado aí ao lado.

Maick é editor da Revista Lasanha, confiram lá:

http://www.revistalasanha.cjb.net/

Vale a pena adquirir o livro do amigo Maick, que é muito bom.