19 de agosto de 2007

NOUMENON


O poema atômico gritou na verve do texto
mas o vento levou
A primeira vez
ela me olhou diferente na sala de aula
No primeiro encontro falamos de magia
No terceiro acabamos na cama
É como Kant dizia da priori do tempo e do espaço.
O tempo e o espaço não existem como realidade externa,
são antes formas que o sujeito põe nas coisas.


NOUMENON (a coisa em-si)

13/08/07

5 comentários:

Paulo Castro disse...

A magia são as palavras que criamos pra abarcar o que não se pode, "tempo", "espaço"...a coisa em si só se revela em raras oportunidades, fora da linguagem, o gozo, por exemplo.
E as imagens que fogem: o poema é fora da linguagem.
Cássio, Cão: vc abre um universo paralelo: Magia.
Abração, Rei.
°

Leila Andrade disse...

ou que as coisas põem no sujeito...
rs.
Eu gosto desse seu tempo e espaço assim inexatos ao determinado.
Beijos, querido.

Paulo de Tharso disse...

Muito, muito bom!

Fabrício Brandão disse...

Entre lampejos de loucura e lucidez, vamos preenchendo a brevidade de nossas existências com as noções desse deus-tempo. Num átimo de hesitação parecemos estar diante de sensações até mesmo de um não-ser. Compressão tempo/espaço é pura vontade nossa em apressar as respostas de um tudo ou de um nada.

Abração, meu caro!

L. Rafael Nolli disse...

Olha a tríade mágica aí, Cássio: 1) o olhar. 2) o papo {lê-se lero-lero} 3) a cama - a consumação do fato! Queria ter vindo aqui antes - mas fiquei sem NET. Abandonei a LAN House, mas os problemas continuam - é erro na conecção, lentidão, blablabla!
Cara, vi um programa na TV Cultura bacana, eles estão reprisando sempre: entrevistas com Deleuza (falando de literatura, da relação homem animal); tem um bacana com o Focault, falando de filosofia, do devir e tudo mais!

(e o vento vai carregando o grito da bomba atômica que explodiu no teu texto)