18 de fevereiro de 2008

Ontem fui à casa de Ricardo Lima que é meu amigo e meu irmão.
Ele me apresentou aos pais e a uma amiga.
Foi bem legal e roubou a cena.
Me fez uma homenagem, escreveu pra mim um lance
que na hora não chorei de vergonha. Engasguei mas
na hora não chorei. Foi muito melhor que qualquer homenagem em grana, ou acadêmica.
Foi um presente de muita essência, de amigo, de irmão e de brother.
Não tem preço esse poema que ele fez pra mim:
Solene Bardo
(Homenagem a Cássio Amaral)
A claridade na arte escrita por seus versos
apresenta que não é pecado voar.
A lira desmedida que causa brilho às flores
mostra grandes motivos para sonhar.
Atreveu entregar o choro na face das ruínas
inconscientes que um dia foram exatas.
Abriu os olhos mais distantes com o
compasso pulsante da inspiração que tanto arrasa.
Tão cheio de luz ainda sólido e natural
habita nos litorais da história que se cumpriu.
Nos impulsos da estética conservada, arquitetou
o improvável misturando canção e carne.
Após o tempo perigoso, Cássio coloriu em lágrimas
as fontes úberes da sabedoria aguda.
Cúmplice assiste de camarote o miserável corte
que se espatifou numa avenida de pura chuva.
Além de mago das palavras, segue sacerdócio de sua
poesia no projetado sossego da loucura.
RICARDO LIMA
Araxá- fevereiro de 2008.

4 comentários:

Samantha Abreu disse...

muito bonito.
Eu teria chorado horrores!
rs.

um beijo!

Walmir disse...

algumas delicadezas nos pegam mesmo, mano bogueiro. Têm o condão de de desaparafusar nossa casca grossa.
Paz e bom humor, sempre.

Anônimo disse...

Grande amigo! Só registrando a passagem por aqui! E quando a essa homenagem, você merece essa e muito mais! PAZ!

Anônimo disse...

JUSTA E MERECIDA HOMENAGEM< Aí só chorando,nao é?(rs..)beijão.