28 de dezembro de 2008

DOSSIÊ BEBETO CICAS

Bebeto Cicas ( O de camisa vermelha)

Trago de imprevisto no fundo visto , "simetrizadas emoções do coração-casca-grossa-osso-duro-
de roer-&quot!", samba lelê, sangangum Torquatália, verve na marginalidade
outsider surfando o asfalto de Sampa com neologismos, pleonasmos e artilharia pesada
no esporro do silêncio, ou o silêncio que precede o esporro, um gozo profundo nô
âmago da palavra. Conheci Bebeto Cicas este ano em Sampa com Nuclear.
Noite de papo, verve e poesia. Cerveja, musica e arte na veia. Vila Madalena,
Metrô, e caminhada na madruga. Notei um lance no Bebeto há uma revolução nele,
um querer de mudança imenso, uma revolução que toca e se sente em sua verve, nos
seus versos, fiquem aí com uns poemas dele:

--------------------------------------------------------------------------------------------

Caneta Nova V
(A Força da Caneta)

Se fosse um fúzil...
Rajaria brevemente um livro...

A caneta que faz ponto rodando,
Parada pensando...

Em quantas folhas irei pontuar,
De quantos pontos preencherei uma folha.

"E o mesmo que o me derá... nem conhece ela..."

ela, fala muito,
E me procura nos meus saltos...
Entre os dois pulos.

Molho a ponta do dedo?
Ou mergulho?

É tinta que submete,
Um pouco mais velho é que vejo...
Atenção é tudo,
Dita os meus passos...

Uma força talvez supra...

__ Tem muita coisa dando certo... Eubem viu!

----------------------------------------------------------------------------



Café do Poeta

Não acredito,
Acabou?
Irei faze mais um bule.

Porque fósforo?
O café do poetasempre no fogo,
Burbulhando o enunciado.

Água de dados,
Chaleira de surtos,
Tentando uma mágica...

Conquistar!
Passar uma energia,
Falar algo que convém.




Com suas histórias,
Ous nossas "estórias",
Este é o vínculo...

Viajar sem asas,
Recomeçar de perto,
Parar o fim.

Café pronto,
Xícara cheia,
Gosto de muito açúcar...

Aceita?
Esseforte,
Pode tomar...




Eu mesmo tomei cuidado,
Com medo de me queimar,
Quem sabe você gosta...

Não tem veneno,
dez estrófes,
Com trinta versos.

------------------------------------------------------------------------

Menino Cisco
(Homem de Pedra XI)

"alma camuflada, aqui escorpião vira lagarto colorido para esconder-se enganando em escombros..."

a trama legal para afiar-se as laminas ferronhas,
maliciosamente,
confidente,
calados,
matrizes de um per-curso gelado,
bichos escondidos,
com corpo de diabo.

peri-ulis...paulista,
latin-férico.

garras fincadas,
pernas cansadas,
alma em ressequez,
amassos dos dias,
beijos do frio...

Francisco de Assis França,
uma covardia mata Chico Science!02/02/1997

"os registros policias e periciais, constataram desde o inicio que um fato anomalo havia ocorrido no acidente investigado, verificou-se: que o cinto de segurança que estava afivelado e preso ao motorista do veiculo no momento do acidente, tinha se rompido na sua "lingueta" (parte metalica que se encaixa na trava presa no chassis ou no assoalho do carro.)"

"A imagem símbolo que a gente colocou do movimento é justamente a parabolica fincada na lama..."(Science)"nós temos que conciliar o passado com futuro.

"(Chico Enstein)(homem ciência)
cap. XI do homem de pedra

ai meu Carnaval brasileiro,
frevistas dos novos tempos,
contem-param,
as falas-lucas
,caibros-de-lama,
peixe lamíneo...

dos pastoris.
mulambastes,
mulambei-o,
mulambe...

tem ruas,
tem mangues,
na volta da estrada o sangue,
em anos que derrama...
a mulambaria,
desmulambada,
mula-lua,
lambe-mangue...

homem de pedra,
de mangue,
do caos,
as coisas são feitas,
e a ciÊncia...
é de Chico...

lamas,poças,patas,
olhos de antenas,
disvirtual,gulino...

"ele atravessou antes das barreiras um lamaçal-de-caos, e misturou lama no estúdio, e viu-se os beats-de-malungo, trouxe-nos biodiversidade musical."

chutes,bicas,descalço,
crustáceos,dedos,presos,
em buracos...

afundou-lhe a mão,
tocou...

fez-se o som,
a soar em pontes de barros.

maracatu-as,
as-maraca,
sonoliando,
sublipando,
sampleando...
tem batuque,
macumba,
coco-de-roda,
se há folguedos,
em fogueiras,
foguete sônico-noro.

atômico,biônico,
anglo-sax-music
,mis-mix-tape,
discos-vitrola-moeda,
etni-flora-risos...

a morte é triste,
e o terceiro mundo é bravo,
desmancha figuras univer-versais...


Humberto Fonseca
...nada como mais um capitulo do homem de pedra, essa série eu curto escrever.

dub-roots-corres-em:
http://www.periferiaspaulistas.blogspot.com



Os blogs do Bebeto Cicas estão linkados aí ao lado, ou nos:

http://www.oagorismo.blogspot.com/

http://www.periferiaspaulistas.blogspot.com/



-

2 comentários:

Nanda Assis disse...

passei pra deixar um bj e conhecer um novo talento, novo pra mim claro.

bjosss...

EuCor Reprime Brasil disse...

porra vei!
valew mesmo mano!

mó tempo que não tenho acesso a net!

mas tamu junto irmão!

seu apoio é de uma força maior que o marginal, sulreal...

imaginario.


eh nois!


abraX