15 de fevereiro de 2009

DOSSIÊ RODRIGO DE SOUZA LEÃO


Rodrigo de Souza Leão é a lowcura que cura.
É quem vive poesia e sabe que poesia é isso,
um armamento de pleonasmos misturado
trabalho árduo de escriba . É quem sabe que além
do além há sentimento materializado no escrito.
Ano passado eu, Quedo (Tancredo Borges Guimarães),
Fejones,Elaine, Maicknuclear e Bebeto estávamos numa
mesa na Vila Madalena, o bar Mercearia São Pedro.
Tomei umas e gritei para o cara da mesa ao lado
que todos os cachorros são azuis. Um cara
já tinha tomado umas e gritou isso pra outra mesa.
A brincadeira desencadeou um lance de mesas, onde
alguns repetiram que todos os cachorros são azuis.
Engraçado perceber, que o seu livro Todos os cachorros
são azuis saiu depois. E que o livro bate e bateu, retrata
um escritor que faz seu ofício com punch, o livro é de uma
qualidade elevada, onde a vivência e poesia se confundem,
onde a loucura e a vida se fazem. Onde o poeta se revela
cultuador de vivências e reminiscências passadas,
onde cruza inteligência e arte.
Rodrigo de Souza Leão é um nome que tem representação
dentro do contexto da poesia nacional. Na minha concepção
é um dos melhores poetas de sua geração.

Dois poemas do Rodrigo aí:
APARELHOS DOMÉSTICOS
nada mais se conserta
nem o concerto nem o poeta
NENHUM
Escalafobético hermético chato:
tudo que um poema tem de ser
de fato. Lobótomo átomo orgia.
Quero lhe comer no mato. Estranho.
Ser estranho é preciso arrancar:
o siso de cada olhar. De fato citar
deuses não é meu caviar. Mas cito
às vezes Ogum. Faço o poema nenhum.
Sei lá o que quero disso aqui. É muito
menos que se divertir. Muito mais q me
diluir. Defeco um pensamento e isso não
é poema. É muito mais que algema.
O blog do Rodrigo está aí ao lado, ou no:













2 comentários:

Anônimo disse...

Rodrigo é duca,tem talento de sobra, merece ser coroado ao seu lado
abraço

Rodrigo de Souza Leão disse...

valeu cassão. num mereço tanto.