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Desrespeito seria olhar-te sem malícia. Sem me
imaginar flanando em seu ventre de algodão.
Agasalhando em tua lã de cor não lembrável. Ou
punhetando o dedo em tua boca mística enquanto
enrabo tua consciência de literata.
Don't me fucking dow, bitch. Há cinco gramas de
enfermidade entre meu espírito (de lhe querer) e tua
carne (esquentando a minha) que correspondem toda a
explosão do atrito. E sem atrito, sem fogo. Só o frio
das quatro e meia, teus cigarros cansativos e
minhas velhas veleidades nada sóbrias.
MaicknucleaR
Do livro Meu Doce Valium Starlight
DULCINÉIA CATADORA 2007
O blog do MaicknucleaR está lindo aí ao lado, ou no:
2 comentários:
Isso é bom, Cássio!
A transitividade dos verbos é o caralho.
Filho, vamos lá nos haicais. E viva Rabrinatah Tagore.
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