6 de abril de 2010

DIONÍSIO AGRADECE O CLÃ DOS AMARAL

Nossa casa em Barra Velha -SC
...
Diante desse mar imagino quantos ancestrais estão dentro de mim.
Quantas uvas gastas para a chegada.
Ah, este sal embriaga-se de vinho,
sangue de baco que diz Portugal.
No desasossego de minha PESSOA
nem um verso pode explicar.
Todos os porres já saltitados,
cabarés bem pagos,
mistura de uma CUNHA BAHIANA
que desagua em SANTA CATARINA.
Fotos de um ET
clicadas no clichê
de uma coisa maior na vida
chamada
Arte.
Nosso cachorro Stubbe




























































































ORIGEM DO SOBRENOME AMARAL

Quando me propus averiguar a origem do meu apelido, encontrei sempre uma grande falta de informação com respeito aos casos em que podia haver alguma relação com ele; as fontes de informação não eram convincentes e não me deixavam satisfeito. Recordo-me de ter lido em qualquer sítio, que o meu apelido vinha do francês antigo ”Amerault” -Almirante- e não faltou quem me tivesse dito que tinha uma origem árabe e que tinha derivado da expressão “Omar-Aláh” –Senhor meu Deus”- empregue por algum antigo guerreiro muçulmano, para encomendar a alma ao Criador antes de entrar em combate. Entretanto, passado algum tempo, acabei por encontrar uma explicação muito mais simples e sensata para explicar a origem do meu apelido Amaral.
Na realidade, deriva de “amaro, -a” vocábulo do antigo galaico –português, usado no século IX da nossa era, por sua vez derivado do latim “amarus, amara, amarum “ amargo, amarga e que se referia ao nome dado a uma variedade de castas de uvas escura ou preta com a qual se fabricava um vinho tinto rústico, muito abundante na zona que vem desde o sul da actual Galiza -Rias Baixas- passando pelo norte de Portugal na chamada “região dos vinhos verdes” até à Beira Alta em Viseu e Guarda.
Com o que se disse atrás, fica claro que o “amaral” é um termo que designa o lugar ou sítio onde se semeavam uvas amargas da mesma forma que o robledal onde existem muitos robles ou milharal onde se cultiva o milho.
Uva de casta amaral, tambem chamada azal preto ou caiño bravo em Galiza, ou cainho longo em Portugal.
Portanto, ao princípio o Amaral era um sobrenome, um apelido, para indicar os que viviam no sítio onde cultivavam as ‘amaras” . Isto explica a existência, ainda nos nossos dias, da variedade mais antiga do nosso apelido: “do Amaral” que em galego ou português significa –o que vive, trabalha e pertence à vinha das amaras” –ficando clarificado acaso o significado primitivo do nosso apelido.
Por outro lado, como as gentes que habitavam as zonas que correspondem agora a Viseu e à Guarda eram mouros -povos originários da costa nordeste da África berbere- ficamos na dúvida se esse nome poderia vir pelo seu temperamento severo e ríspido ou cor escura da sua pele podendo em princípio derivar de ambas as coisas.
No meu ramo familiar, abundam em cada geração alguns Amarais com características temperamentais como as que descrevi, e outros com um tom de pele muito moreno.
Abro aqui um parêntese para dar espaço a uma segunda opinião muito criteriosa que não se pode pôr de lado sem ser apresentada e discutida porque tem muito de verosímil e portanto também pode corresponder à realidade.
Passo portanto a expor o assunto:
Para o nosso parente, Professor Leonard Amaral, estudioso e versado neste assunto, radicado em Lisboa mas procedente dos Estado Unidos, a origem do apelido é inteiramente judeu pensando que procede do antigo vocábulo aramaico Amar-Al composto de duas palavras:
Amar = a palavra, mensagem, expressão ou conceito e Al = Deus, o que está no alto, El Supremo, o que quer dizer dito por Deus.
Em hebraico, a expressão equivalente seria Amar-El que nos levaria a supor que os membros do grupo dos Amar-Al ou Amar-El estariam vinculados à os Cohens, Kahans ou Zohars e portanto personagens ligadas à casta sacerdotal. (Por favor, note que isto é uma dedução minha que não foi expressa pelo Professor Leonard e estariam portanto dotados de capacidade e autoridade para interpretar a Lei, de ouvir o que Deus tem que dizer).
Para esclarecer um pouco este assunto quero dizer-lhes que o aramaico era uma lingua falada desde Damasco, na Síria até ao norte da Galileia em terras da Judeia e a parte norte da Samaria. Inclusivamente, Y´ shua Ben Yusef (conhecido no ocidente como JESUS, filho de José) falava unicamente aramaico e não hebraico.
Resumindo o que nos diz o Professor Leonard Amaral:
“Muito tempo antes da era cristã, durante a primeira diáspora ou dispersão, algumas tribos ao regressarem do cativeiro da Babilónia, continuaram viagem até ao sul da Europa em vez de voltarem à Terra Santa, fazendo com que alguns núcleos dos AMAR-AL de origem, se tivessem fixado em territórios que correspondem hoje aos distritos de Guarda e Viseu". Sim, é possível.
Completa a sua contribuição para a investigação deste tema dizendo que com o tempo a separação aspirada entre os dois extremos do vocábulo AMAR-AL veio a desaparecer e deu lugar a um novo vocábulo Amaral.
Aqui estão, creio eu, as duas versões mais verossímeis que nos explicam a origem do nosso apelido e, se o Professor Leonard Amaral tiver razão, o nosso apelido remontaria nas suas origens à chegada dos primeiros exploradores fenícios às Costas Ibéricas.
Que os Amarais atuais são uma mistura de em maior ou menor grau de cristãos visigodos (germanos do oeste) e das moças filhas dos Judeus Sefarditas, não tenho a menor dúvida, mas ainda temos muito que argumentar.
Talvez na segunda Amaralada Internacional do Clã, se possam esclarecer certas dúvidas, e isso será decididamente fascinante. Penso que com estas considerações, ter ficado suficientemente esclarecido o que diz respeito à origem do nosso apelido.
Prof. Rogelio B. Amaral
NOTA COMPLEMENTAR:
Nosso primo Lou Carrega, nos Estados Unidos expresa:
Caro Rogelio,
"gostava de chamar a atenção de um erro de importância ( ...) aonde diz:
“Por outro lado, como as gentes que habitavam as zonas que correspondem agora a Viseu e à Guarda eram mouros, -povos originários da costa nordeste da África berbere- ficamos na dúvida se esse nome poderia vir pelo seu temperamento severo e ríspido ou cor escura da sua pele podendo em princípio derivar de ambas as coisas.”
Na realidade eram Celtas (mais tarde chamados Lusitanos)."
E eu, respondi-lhe:
Prezado primo,
Concordo com você parcialmente. Nos tempos pre-históricos sim, os Celtas foram os donos dos territórios atualmente ocupados pela Guarda e Viseu, mas nos tempos da formação do Clã Amaral, não. Nos séculos VIII, IX e X da era cristã foram os remanentes dos Mouros e, nas Quintas do Amaral, Matos e Cardoso, os Judeus Sefarditas. Elos foram os que formaram a população maioritâria nessos territórios nos anos prévios ao reinado do rei Ramiro II de Leão (931-953).
UVAS DE CASTA AMARAL
Variedade de uvas empregadas para fabricar vinho, também chamadas azal tinto. Em Val do Salnes, nas Rías Baixas e Ribeiro -Sul da Galícia- é conhecida como amaral, ou bem como cainho bravo no entanto no Norte de Portugal, em Minho e as Beiras, é chamada de amaral ou cainho longo. Variedade um tanto rústica, que dá origem a vinhos com tom vermelho, com boa acidez e aroma frutal intenso. Costuma-se misturar com outras variedades, como são a brancelläo, ferrón ou cainho redondo - borraçal portuguesa - proporcionando estrutura aos vinhos resultantes. Casta de amadurecimento demorado, sua baya é de tamanho médio e uniforme, de cor preta azulada formando cachos soltos.

Créditos: -Cachos e dados sobre as uvas de casta amaral
Reserva y Cata, S.L. (Espanha)


Fonte:

3 comentários:

Isaias de Faria disse...

q lugar belo, meu irmão. o sttuble foi!!! q legal!!! abraços a maeles. saudades de ti. estamos planejando o emergir poesia II. sentiremos a sua falta nele. taca poesia nesse blog aí quando der. e obrigado pela dica da minha página na germina. inté, meu velho

BAR DO BARDO disse...

BLZ

flaviooffer disse...

Cássio, tu tá morando no paraíso!!! rsrsrsrs
Abraço meu irmão!