18 de maio de 2010

Metalinguagem

O hipertexto queria comer a mulher do texto.
Na festa conversaram. Ele a seduziu e foram para o motel.
Passaram a noite lá.
O poema ficou com ciúmes e contou ao texto.
Este foi brigar com o hipertexto:
-Você comeu minha mulher, seu safado, vou te matar!
-Que é isso! Você está enganado. Fomos ao motel só
para verificarmos a Reforma Ortográfica. Mas sua mulher
me mostrou as reticências...
O texto virou as costas e foi procurar o poema.
-Poema, você não conhece as reticências. Minha mulher
e o Hipertexto só estavam no motel para discutirem
a Reforma Ortográfica. E acabaram esquecendo da hora
falando das reticências.
O poema disse:
-Tudo bem! Vamos esquecer disso tudo.
Enquanto isso o Romance transava com a prosa numa
Metalinguagem.

Cássio Amaral
17/05/2010.

2 comentários:

ítalo puccini disse...

cacete!

sem mais palavras.

isto ficou ótimo!

Robson disse...

_ A Crônica ficou puta da vida por não ter sido citada!