1 de agosto de 2010

FRIO NOS OSSOS


I

no beco sem saída
sai
a rua

II

asfalto amiúde
Rua sem saída
dispensa caminhos

III

caneta preta
signos brancos
Ulisses sobrevive ao mar.

IV

devolvo o nada
no tudo
que o verso fabrica

V

faço tudo
no nada
que o poema diz

VI

Além do infinito
digo amplidão
na palavra certa.

2 comentários:

Isaias de Faria disse...

"a pureza na arte conciste na aceitação" li em um livro qualquer.
às vezes posso não ser tão puro.

Maeles Geisler disse...

adorei essa frase do comentário do Isaías.

sábias palavras...


bjs amor...
Maeles