21 de fevereiro de 2011

a contra mão tem um sentido


qual pergunta você fará depois do abismo do silêncio?
as maiúsculas deram um tempo, já que a lagoa agora
tem um processo de asfaltamento. pedalo até o fim da quinta dos açorianos.
quero sentir um verde pulsar que pulsa em minhas veias.
pedalo meteoros que se minha máscara cair virão que há um e.t. em barra velha, um estilhaço corta o chavão de qualquer pingo no i.
sim,  a frente fria está chegando.
o asfalto vai sendo feito aos poucos.
agora os adevogados do fórum que é perto nossa casa
não precisam mandar lavar muitas vezes seus carros de
engomadinhos. o chiar do pedal me dá um barato que
mescla um  blues no meu coração, outro som, o de Andy Mckee faz minha
cabeça, dá som do tom zen que flutuo quando medito.
as moedas do tempo se refletem no meu rosto. sorrio
com o saci quando todos são linha reta.
subo ponte pencil para fotografar a natureza. tonhão
me diz que o bicho  tá pegando na boca da barra,
ao fecha-la os peixes morrem, as arvóres tem sido
cortadas onde pedalo, muito corte, muita madeira no chão.
enquando isso a bicicleta se delicia com um desfile
que gruda no piche.
meu voto é para os duendes que acenam sorrateiramente de forma irônica.
as salamandras enladeiam o cristal do poema.