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SOMBRA DE BAUDELAIRE
a sombra
me
assombra
quando a assombração
é Baudelaire
comendo as nuvens sangrentas
da imprevisão
vampiro que pira
na assembléia de Dionísio
cafungada de flores doentias
sapato torto com devaneios vulcânicos
a sombra
me
assombra
porra escrotal
que é nuvem embevecida de estilhaços
da dissidência
a rima é golpe
a palavra bomba atômica
no branco do papel
loucura sem remédio
a sombra
me
assombra
Baudelaire morde pescoços incautos
enraba a estupidez dos covardes
e dá vida ao mijo da madrugada
perdida na esquina.
03/10/07
Esse rabisco vai virar um videopoema que vou fazer com guitarras de fundo, contraste de claro e escuro, cenário simples de madrugada e alguns uivos, risadas irônicas, latidos de cães, algo nesse esquema. O enfoque é a sombra.
Esse poema nasceu do meu haicai:
a sombra
me
assombra.
6 comentários:
Aqui, tudo mui insPIRADO!!! Salve-salve.
Sou Dio, mas não sou Deus - estou +, pras cousas dionisíacas.
Montanhoso ~^^ ~Abraço~^^ ~^^
Oi Cássio, não tenho dúvidas... assombra. Como videopoema deve ficar legal..beijoss
Muito bom, Cassio!
E te respondendo de algum lugar que você escreveu, eu achei uma baita coincidência.
Logo após te conhecer, fui na casa do seu pai, sem saber que ele é seu pai, agora sei, hehehe!
Videopoemas tomam conta dos ares de Araxá que cresce com isto!
abraço,
Fred Neumann
Tenho certeza que este poema serve absolutamente para aquelas tais e tantas noites que assombram.
E muito!!
Bjos e luzes.
Sombrias ventanias...
Aguardo o vídeo poema.
:)
Grande Cão, excelente seu blog, suas palavras são contundentes, realmente atingem na ferida. Se você autorizar gostaria de linkar seu blog no meu, espero resposta e também lhe convido para dar uma espiada em meus humildes e medíocres escritos! PAZ - meu blog eh: http//silviao.cortes.zip.net
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