24 de junho de 2008





encharco madrugadas
gritos imprevisíveis traduzem clarão
num umbral que passo
Pink Floyd acena metonímias
estrangulo catacreses
esporrando estrelas distraídas
fogo da verve que incinera realidade abrupta
Wearing the Inside Out
a nave mãe me vigia do morro
cafungo o sol de outra constelação
mercúrio no meu sangue surge impávido
quando o tempo vai engolindo a vida
Henri Bergson me pega no eu do momento

4 comentários:

layla lauar disse...

e o tempo além de engolir a minha vida, me come também..aliás só ele tem me comido...rss

Incrível e belo este seu poema!

(amei o que me mandou em off... não agradeci ainda porque estou com dificuldades no gmail...mas você é um amor e lhe gosto um tantão)

+ beijos (já deixei vários por ai)

Anônimo disse...

Anda inspirado e visceral poeta, cafungando as brumas de Baudelaire entre navalhas e desencontros. Sabe cara, encontrei um antigo blog seu linkado no do Márcio Américo, um escritor de Londrina que escreveu um livro muito bom chamado Meninos de Kichute, que eu infelizmente ainda não lí, mas amigos disseram que é bom. Então, o livro do cara vai virar um filme, um longa em breve, e logo estréia também Minha Vida Não Cabe Num Opala, baseado no texto Nossa Vida Não Vale um Chevrolet do Mário Bortolotto, tem muita coisa acontecendo irmão, as idéias e sentimentos estão explodindo como bomba atômica. PAZ, continue com sua poesia radioativa, apesar de não ser você o nuclear, ela entra, se embranha e vicia... Tenho novos textos no meu blog, apareça por lá...

Anônimo disse...

Mastigo sensações,engulo dores e abstraio lamentos, VIVO!

lindo dia
beijos

Nanda Assis disse...

juro que tentei, mas não consegui, rsrs... entender sua foto.
abraçoss