12 de março de 2009

MOLHAÇÃO LÍQUIDA

O haicai me fugiu da cabeça,
sério. Você não acredita?
Não precisa acreditar.
Ela não acredita que a amo.
Não... Não venha com isso.
Pensa que poeta é torpe, é louco e artista.
Poxa, claro que é. Sabemos...
A rapidez do tempo tem me dado uns tapas na cara.
Penso em outros tapas, quem sabe nela na cama.
A saudade é uma velha se olhando no espelho.
Não, não pense nada. Sei o que vai dizer.
Me deixa, me deixa com os hacais aí em baixo pô.
O quê?
Não tenho que lhe dizer o que vou fazer amanhã.
Vou fazer e pronto.
Deixa eu fechar a janela. A chuva começou
e vou pegar um verso líquido emprestado.

3 comentários:

Isaias de Faria disse...

cassio, muito, muito bom. me agarada bastante prosas assim. valeu!
um abraço. isaias

Isaias de Faria disse...

esqueci de te mandar esse link. ate.
http://br.olhares.com/utilizadores/detalhes.php?id=145441

Elaine Lemos disse...

Melancólico. Mas muito bonito, Cássio! Muito mesmo.

Super beijo!