Capa de Jayro Alves Ribeiro no ideograma de Márcio Oliveira.
endoidar as metáforas
para comê-las com hipérboles
safadas e ávidas de metalinguagem.
para comê-las com hipérboles
safadas e ávidas de metalinguagem.
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A MORTE DO POETA
O poeta morreu
Balbuciando formigas em seus versos
Ficou obcecado por metáforas
Cuspiu pleonasmos pretéritos
O poeta morreu
Tentando achar seu caminho
Disse imperfeições nas metonímias
Atirou-se do nono andar
O poeta morreu tentando desmontar a bomba atômica
Depois de ter punhetado Descartes buscando a verdade ao contrário
Verter-se em Paganini tocando seu violino diabólico
Esvoaçando flores carcomidas por aliterações fingidas
O poeta morreu
Nos precipícios lunáticos de toda a imperfeição
Uivando diante do absurdo da sua própria voz
Silenciada no êxtase da loucura.
O poeta morreu
Balbuciando formigas em seus versos
Ficou obcecado por metáforas
Cuspiu pleonasmos pretéritos
O poeta morreu
Tentando achar seu caminho
Disse imperfeições nas metonímias
Atirou-se do nono andar
O poeta morreu tentando desmontar a bomba atômica
Depois de ter punhetado Descartes buscando a verdade ao contrário
Verter-se em Paganini tocando seu violino diabólico
Esvoaçando flores carcomidas por aliterações fingidas
O poeta morreu
Nos precipícios lunáticos de toda a imperfeição
Uivando diante do absurdo da sua própria voz
Silenciada no êxtase da loucura.
Cássio Amaral.
2 comentários:
e como a gente faz pra conseguir este e os outros três???
:))
eu quero!
abração!
como o sol, o poeta está morto...
- mentira. amanhã ele nasce outra vez - pra morrer amanhã outra vez.
que belo poema, cássio. abçs.
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