Mala na mão &
asas pretas
“A verdade dos deuses
carnais como nós & languidos
não provém do nada
mas do desejo trovejante
do coração partido pelo amor
em sua disparada pelo rosto de um
adolescente
com sua fúria delicada
cruzo avenidas insones & corroídas
de chuva”...
Roberto Piva
abro fogo aos deuses
clamo fótons zoon rápido cortante
& faminto quebro a sombra de inocente
tempero com maldição linhos que tateiam a noite sangrada
de Rimbaud. Artaud me traz uma taça de vinho risos antropológicos
gargalheiam um surto lua que olha assustada
penetro o cu do universo em diáfano silêncio que esquartejo
as nuvens se abrem assustadas numa palavra que
a estrela cadente enforca num significado iconoclasta
a mala na mão &
asas pretas para desafogar a chuva que esfria meus ossos
cheios de petúnias.
Cássio Amaral
16/07/2010.
16/07/2010.
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