16 de novembro de 2015

A TEMPESTADE PRONUNCIA O CINZA


Tela de Pollock 

Os destroços luz refletindo tarde vida pulsando o mar revolto passagem tempo imagens as pegadas apenas miragens. 
O sal me lambe o corpo agora oco, hermo perdi no tangir da ida, vim perdi. 
A nau à deriva... Olho o mar com o baldinho de minha filha na mão, ela grita distante:
"Pai, traz mais água para fazermos um castelo ou uma piscina".
Meu olhar no horizonte não percebe o vento que benze meu corpo, a água escorre no instante em que tudo é incalculável. O absurdo abre a porta da solidão,porque minha chaga te agride em cheio. 


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