17 de novembro de 2015

Pegadas na areia e cinza

Caminho pela praia, sozinho solitude, desvio da rota principal.
As gaivotas se misturam aos urubus que voam essa liberdade que me prende, me solta, me leva leve... Um sentimento de reflexo de eremita que sempre fui , sou , um eremita buscador da luz. Há uma luz refletida nesse meu lado obscuro onde feito um lobo surgido da matilha lhe estraguei  o cristal mesmo sem querer e por impulso.A praia meu santuário, uma foto que alivia esse coração selvagem. Meu peso te agrediu na sua singeleza.
O mar tangente me convida a canalização. Meus antepassados estão ali na névoa. Meu clã se refaz em mim caminhando pela areia que sopra essa vida ínfima, um sopro no aprendizado, um mergulho  para voltar por  cima, voltar a rever-me, a sorrir. O sol distante não percebe que a caminhada é prelúdio de mudança. Vento, esse vento me é particular, é a tarde que profetiza vozes incendiadas de melodia , uma música trespassa meu ser. Uma melodia de vida pulsa no meu olhar. Vida é vivida, o que será?






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