30 de maio de 2008

RAIO X DO PEITO






minimalizo os acasos



tudo matrix



tudo fora do previsto



própolis concentrado 30 ml



tosse de oração adversativa



o sol sangue suga vidas foras



validade jul de 2008



grita o banzo vociferando blues



exércitos derramam tiros



no peito incinerando caprichos dos



relaxos.

29 de maio de 2008

SOBRE O INFINITO


Foto de Samantha Abreu
Minha imperfeição são estrelas caídas de Netuno
Revolução Industrial que atinge quarta fase
American way of life
Tvs, Ipoids, Marte quase explorada
Doutrina Monroe
Cabaço arrancado à força da América
NOVA ORDEM MUNDIAL
Ricos 10 X Pobres 0
A Mesa Voadora grita lombrigas
Que adubaram a terra no próximo enterro
Discos, ó discos voadores!
Os astros estão para constelar
A madrugada fria silencia a Neoliberalismo
O Mal das Flores que adoecem
Há um sinal, estrela desconhecida ainda
Há um sinal nos buracos negros do sol
Lexmark pra imprimir a ruptura da essência humana
Sinestesia que o bom senso despreza
Tomie Ohtake nos cinéticos que estão no caminho da margem
Eusébio Sempere me explica a lei da boa forma social?
Global tudo aldeia, índios nas cabanas abandonadas pelo descaso
Corações verdes levitam um coração vermelho
*Sobre o Infinito Sapeca a página 49:
BÚRQUIO – Aqueles que são divinos, estes são de vil matéria.
FRACASTÓRIO: De que maneira me fará ver e acreditar que aqueles sejam
mais divinos?
BÚRQUIO- Porque aqueles são impassíveis, inalteráveis e eternos, e estes
aqui são o contrário; aqueles são móveis de movimento circular e perfeitíssimos,
estes, de movimento reto.
* Os pensadores – Bruno (Giordano Bruno) , página 49

28 de maio de 2008

ALHEIO


o sol entra grafito imprevistos
aliterações desconstruindo dias
que engolem a vida
matrix momento é a luz que vem da janela
fico meio Dorival Caymmi
da janela lateral do quarto de dormir
vejo nuvens que brincam com meus sonhos
sou um cavaleiro marginal
meus moinhos de vento são pleonasmos que ofusco
infante diante da lua que me acolhe
o sol entra e grafico imprevistos de dom quixote
mares nunca navegados
metonímias que prendo na gaiola
cantam num hino que incita catacreses
banbolê do Banquete Arístocles que sonha com um mundo bom
representado na República
balança balança e balanaça quando a balança
é libra sitiada num prato que diz:

"... _*Mas não! Não te admires! _
retrucou ela ; _pois é porque destacamos do amor um certo
aspecto e, aplicando-lhe o nome todo , chamamomo-lo
de amor, enquanto para os outros aspectos servimos de outros
nomes..."
_________________________________________________
* Os pensadores- Platão- Página 37.

27 de maio de 2008

Alea Jacta est


Segue, segue
O abandono são livros carmidos por traças
Indiferença é o prato do dia
Segue, segue
Não tente me compreender
Os Extras Terrestres são enigmáticos
Falam de coisas que a terra já perdeu
Valorizam essências que as palavras não dizem
Segue, segue seduzindo, matando , furtando, usa teu charme e
tua indiferença. Porque é ela que vai te trair sem nexo e léxico
quando a Legislação não te der livros.
Quando o Direito for apenas o suspeito da Justiça.

24 de maio de 2008


enrabo o destino
e esporro
na novidade do acaso,
como o cu
de com quem não caso
e esporro rumo ao azul
raso.

[poema-sturbado de Cássio Amaral e Ricardo Wagner]

20 de maio de 2008

UIVO ...


Tela de Arthur Dicrayon
(O site de Arthur Dicrayon está linkado aí ao lado)


stand by me baby


a lua está insana no céu


o olho da noite diz vulcões metafísicos


o incenso sobe e o vinho incita um riso no encontro


afago estrelas sitiadas em marte


vênus abre as pernas e seduz


stand by me baby


a madrugada grita uivos torquatálios


enquanto nos perdemos dentro e fora


Beatles mata nossos corações com Revolver

18 de maio de 2008

Cuspo ideogramas de Baudelaire,
Verlaine, Rimbaud, Valéry, Mallarmé,
Bashô, Kobayashi, Saigyo, Hilda, Leminski,
Torquato, Waly, Henriqueta, Cecília, Clarice,
Maiakovski, Murilo, Drummond...
Teteretê tenerê
Bah, chimarrão
ou acarajé também oxente
Azul do anil
Não fico de nhenhenhem
Nem de tititi
Frio chegou
O amor levanta a terceira perna e afaga quatro pés que esquenta a madrugada.

16 de maio de 2008

Foto de Robson Corrêa de Araújo


OSCAR NIEMEYER
Poema de Antonio Miranda



Oscar Niemeyer
poeta-escultor.

Arquiteto do Rei.

Linhas no espaço sideral,
curvas no infinito
das constelações virtuais.

Criando avarandados coloniais
rampas cósmicas.

Ateu e comunista.

Materialista das catedrais
humanas,
das capelas espirituais.
Como mãos votivas
numa prece eternizada
no concreto armado
da Catedral ecumênica.

Todas as mãos candangas
paranaenses mineiras
pemambucanas
todas as mãos nortistas
paulistas
de todos os quadrantes
e sextantes
sustentam o universo
nacional.

No alto passam as
nuvens cintilantes
e os aviões da Real e da Panair
uma conspiração de anjos
burocratas diplomatas
voam políticos, empreiteiros
e trovejam e relampagueiam
tempestades
e fogos de artifício.

Sensual ou curvilíneo
em formas simbolistas:
mãos redes seios.
Devaneios.

Talvez abstrações
com intenções figurativas.

Ou seriam estruturas-esculturas?
Barrocas, modernistas?

Nas simetrias liberadas
e nas geometrias depuradas:
teatralidade.

Volumes espaços alturas
verticalidade
ou extremidades em vértice
a eludir o estático
e o majestático
— contra as regras
e as limitações.

Niemeyer é tão ou mais monumental
ainda que sóbrio
mais leve quando concreto
e funcional
mais denso quanto poético.

Surpreendente.

Sem concessões à trivialidade
porque genial.

Todas a artes irmanadas
no mármore, nos arcos
ancestrais
abóbadas sonoras
colunas dançarinas,
vitrais.


O site de Antônio Miranda está linkado aí ao lado, ou no:

http://www.antoniomiranda.com.br/

15 de maio de 2008


"O real é a rocha que o poeta lapida doando a humanidade mal agradecida.
Poeta, talvez seja melhor afinar o coro dos descontentes".
ITAMAR ASSUMPÇÃO

12 de maio de 2008

Captou?


Adágio bambino canzone duce, ecco!
Fiasco galera:
Intermezzo
Libretto
Madrigalle
Niente
Odor
Petto
Recitativo
Si traduttori virtuoso...
Robson Corrêa de Araújo
Do livro Y Semiótico -Edição do autor, 2006.
Robson é escritor, poeta e fotógrafo.
Podem lê-lo aí ao lado ou no:

10 de maio de 2008

CARTA DO IMPREVISTO





Instigo um canto no outro canto
Rasgo o segundo e brinco de momento
Descartes me levita no Discurso do Método
Alice in chains na minha alma
Divina é a comédia que Dante acena do céu
Beatriz tropeça no inferno e a madrugada ri displicente
La vie en close risco e aplico rabiscos arabescos circos
Falantes falam o que o infalável fareja no inominável
Digo pleonasmos como um cão que uiva no Banquete dos Deuses
Alice está em chamas
Alice está em chamas
Suas entranhas são sóis lunáticos e luas insanas
Que penetro no tratado da tolerância de Voltaire
A verve do papel é um vulcão que queima pleonasmos satíricos
Enquanto Sun Tzu me ensina
a arte da Guerra
Os corpos buscam uma vitória
no domínio efetivo do oponente.

7 de maio de 2008

NUCLEAR


O brother Maick NucleaR já começou a produzir seus curta- metragens.
Podem conferir no:
Os textos de NucleaR vocês podem ler no:
E algumas músicas dele no:

4 de maio de 2008

A BANALIZAÇÃO DA MÚSICA BRASILEIRA

Beleléu, creu, Wanessa Camargo, Colapso e colapsos.
Onde está a indústria fonográfica? Na zona? Agora parece
que tudo tem quer virar banal, ridículo e prostituído?
Meu ouvido não é pinico.
Nos últimos tempos vem surgindo um tipo de “arte”, a anti-arte.
É melhor exaltar o ridículo, como se música fosse
fazer coisa mal feita.
São “artistas” que chegam e caem rapidamente, que não ficam.
Na boa não vão ficar como Raul Seixas, Cazuza e Renato Russo.
Por que estou falando isso? Porque estou cansado de lixo
sonoro, de ruído sonoro. Coisa que não bate, que é pusilânime, coisa
que não é arte.
Sabe, na boa não se assustem,mas tem hora que penso que Wanessa
Camargo deveria fazer filme erótico e não cantar.
Aí vem os Latino da vida, latindo coisas que regam festas nos aps.
Meus sobrinhos têm cinco e seis anos. Carol tem seis e Mateus tem cinco.
Eles escutam de tudo, mas sempre vem escutar o que estou ouvindo.
Sabe, música, literatura, teatro, artes plásticas tem que impactar, tem que
mexer com o ser humano. Não essa balela de bater no peito e dizer:
_Sou artista, tenho tal cd, tal livro, sou atriz. As mulheres do Big Brother e aquela
galerinha todos querem ser atores, atrizes. Pelo amor de Zeus, como se
ser ator e atriz fosse a coisa mais fácil do mundo. Como se um talk show banal e ridículo como Big Banalidade Brasileira pudesse dar um up grade para um papel de ator
ou atriz.
Cara, tem hora que é caco de vidro, é pau é pedra e é o fim do caminho.
Nos anos 90 Chico Science revolucionou a música brasileira. Trouxe o maracatu,
trouxe luz no fim do túnel. Muitos ralaram na estrada e levaram anos para serem
devidamente reconhecidos como Lenine e Zeca Baleiro. Artistas pensantes.
Mas vão dizer que o meu texto aqui é fraco e que estou atacando e perdendo tempo
de falar de desvalorização e banalidade na arte atual. Claro que vão dizer.
É mais fácil aceitar o que não te faz pensar. Uma letra que o instiga, que o faz
pensar pra quê? Melhor é aceitar o ruído sonoro. O pior é quando você acorda
de ressaca e esse ruído sonoro é o seu vizinho achando que é música.
Como diria Marcelo Nova do camisa de Vênus: _ Ó crianças isso é só o fim!
Pensar é perigoso, pode mudar, mudanças tiram governos e fazem a diferença.
A amiga Bárbara Lia me mandou um email com o convite do Porão Loquax
em Curitiba que vai ter Neuza Pinheiro que gostei da música e da poesia.
Podem saca-la aí:


http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/neuzaverso.htm

http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=152132013