21 de janeiro de 2011

Pedal da trajetória

pedalo instantes
que dizem vida
milagre é o dia

21/01/2011.

Sonata

Passeio na noite
Uivando luas ancestrais
Disparo estrelas estilhaças
O pó é verso

20/01/2011

Barrabas

1-Alago palavras . O bico do navio transgride sentidos.
2- Desvendar o mar na sombra do dia construindo castelos de areia.
3-Teço versos. A rede é cognição além mar.
4- O verso na areia é passageiro

Homero

A esmo
A Odisséia
Atravessa Ulisses

Ítaca saudade
Pátria amada
Sofrimento além mar

Absurdo contemplo
o silêncio
que me agride

Além sofrimento
Ulisses caminha
absorto no sol

09/01/2011.

20 de janeiro de 2011

Mundo debaixo de água. Somos bons ou ruins? Onde vamos?

Enchente sobre enchente.
Mundo debaixo de água.
Nos secamos como sobreviventes.
Sul 2008 via Itajaí, Blumenau passando
para o sudeste Sampa todo ano alaga,
BH desaba dos morros das favelas (comunidades),
Recife ruas desapareceram do mapa e da identidade
das pessoas, de sua cultura, de sua memória, sua História.
Maceió levada pela água, praias lindas,mas é a chuva
que vence tudo.
Ano passado interior de SP, desabamento no Rio,
repete-se a história, os votos são mantidos, as autoridades
prometem, prometem, prometem... Rio 40º cidade maravilha,
purgatório da beleza e do caos.
Quente, morros, devastação, Aquecimento, degelo, Nostradamus,
Calendário Maia.
Nosso egoísmo é lindo! A parcela de culpa somos nós, é nossa.
Nosso pensamento vai para um lugar etéreo chamado YUMEI
(Mundo Espiritual). A raiva, o ódio, o rancor geram também
enchentes, maremotos, terremotos, mortes sim sei que vocês
não acreditam nisso, mas é a vibração individual do ser humano
que gera tragédias junto com a incompetência dos políticos.
Vamos pedir uma Itaipava?
Não rola mais!  Lá a cidade está destruída também.
Aqui em Santa Catarina também deu alagamento e enchentes
semanas atrás e esta em Joinville e Jaraguá do Sul.
A água começou a lavar nossa falta de conhecimento,
de consciência.
Ela brinca de engolir e destruir casa e carros.
Somos bons ou ruins? Ruins ou bons?Onde vamos?
Quem para pra pensar sobre isso é considerado louco.
Vai mais uma cerveja sem álcool depois do pedal?

19 de janeiro de 2011

Cão Texto

A caneta caiu entre Stubbe e Scobby.
O latido ficou subentendido ao redor.

18 de janeiro de 2011

Pilequinho Canino

Scobby deparou-se com Stubbe.
Se estranharam, Stubbe nao respeitou
e queria marcar território.
Começaram a latir versos incombináveis.
Há um disparo de incompletude nos cães.
É certo que Vinícius de Moraes dizia:
_"O uísque é o cachorro engarrafado".

17 de janeiro de 2011

Cínica

O fedor do poder não tira máscara

Postei esta foto e escrito lá no Sinestesia Cultural:


http://sinestesiacult.blogspot.com/

16 de janeiro de 2011

Pedal

Chiar da Bike
Duas rodas, duas pernas
Uma coisa só

Surfo

Calor onda
Praia
Borbulha cerveja gelada

Alagamento

Água da vida
Que vira
Água da Morte

Enchente

Nosso pó
Deu em
Água

Desabamento

Acabamos com tudo
agora a morte
É certa

Gol

Quatro rodas
Não valem
Duas pernas de Garrincha

Suave

Folhas ao acaso
Distração leve
Aceno sinceridade

Crime

Sequestro palavras
Sentido traz
Razão de vida

Plumado

Dente de Leão
Faz festa
No vento alegria

Lama III

Omissos políticos
dão desculpas
Feito caranguejos

Lama II

Sem solução
Enchente faz festa
De tirar vidas

Lama

Omissão
Mortes
Dão tom de Chuva

Barro

Âmbar tempo
Incenso vida
Passagem deriva

3ª ou 4ª Revolução Industrial Charles Chaplin disse... "Ficamos emperdenidos e cruéis, a máquina nos dominou, somos insensíveis e capitalistas..."

Morte da morte
Corte da Sorte
Sul , Nordeste e Sudeste

Gripe Rock Haiku

a rouquidão
roqueou
o Hai-Kai

15 de janeiro de 2011

Inimigo de nós mesmos

O Tio Sam ficou de dom, dom, dom, diferente
do Qualquerismo. Qualquer um é escritor,
poeta, sei lá!
Sim, o beijo da Mulher Aranha rasgou o lábio
dele levemente , houve nessa sutileza uma teia
de paixão.
Os cachorros latiam confambulando-se.
Stubbe nosso cão latiu para Scobby do Edson
(Esse aí da foto não é o Scobby, é um perdido
na vida que a Tati de camiseta vermelha, nossa
amiga do Rio estava dando colinho por uns dias,
a menina do outro portão, nos ofereceu também,
mas aqui dois cachorros bastam, o Stubbe e Eu e
minha mulher a Maeles).
Voltemos na filosofia dos cães, Stubbe então latiu
para Scobby do Edson:
_É, Kant tinha a rigidez do horário. 
Scobby responde:
_ O horário pode atrasar. Toda essa questão de
grana,fama, lama e iguana como disse o poeta
Rodrigo de Souza Leão tem a ver com Nietzsche.
Stubbe interrompe:
_É mesmo?
_Sim, o próprio Nietzsche salientava:
_"O maior inimigo que podemos ter somos nós
mesmos".

13 de janeiro de 2011

NIPÔNICOS



I

Sol arde o instante
Que falta
Na bruma do tempo

II

O pingo do orvalho
Profetiza a luz
Que reflete a vida

III

Instante de milagre
O dente de leão
Voa sutil e desapercebido

IV

A lagoa brinda o dia
Névoa que engole o reflexo
Da  gaivota refletida na manhã

V

Estrada do imprevisto
Lodo além do sorriso
Um poema nasce natural

VI

Nuvens sintetizam sonho
Faísca que brinca de criança
No berço da poesia.

VII

A lagoa reflete o sol
No bom dia que faz Milagre
 Nas nossas imperfeições

VIII

Sol entre as nuvens
Lagoa que diz bom dia
Na amplidão do instante

IX

Gaivotas que brincam
No meio da lagoa
O voo é zen

X

Um pingo
Amplia na lagoa
Profetizando nossos círculos.

Cássio Amaral
27/08/2010

12 de janeiro de 2011

NAVE MÃE

FAISCANTES

I
Brinco com palavras
Sentidos dão refrão
No tempo do mistério.

II

Xamã rima rosa
Com pântano
No sol de maçã

III

Lapido alma
Na fogueira da vida
Incendiando casa do imprevisto

IV

Frio que chega
Abraça carinho
Na noite que te esquento

V

Mago da luz
Diz amor
No escuro do ser.


XXI

Osso chamou tutano para
dar uma volta no pântano
O cerne ficou olhando de
soslaio o ventre do dia
Raios & Sombras traziam
um suspiro que
alongava as nuvens num
verso de Quintana
Depois do Vaticínio
uma frase sorrateira
impregnava seus passos:

Determinar o previsível é não
desfazer do comum.

Cássio Amaral.
10/08/2010.










BALÃO DA BIZÉ

 balão de são joão que a bizé deu pra maeles

guardamos a gratidão
a amizade sincera é um santo remédio 
disse renato teixeira
nossas províncias ainda vão 
nos trair um dia
desdobre o nó da intelectualidade
o livro nem sempre é mais sábio
que a vivência
maria josé araújo pedala sempre
sinceridade e clareza diante de tudo
desfaçamos nossas cascas de sei
só sei que nada sei
sócrates diante do templo de delfos
nada nada
nada nada nada
nada
além de alma
o discurso foucaultia um céu azul
sem panótipo


MOLEJO

A rigidez desatina o contorno

BR INFINITA TRAFEGA POMERODE

11 de janeiro de 2011

ZICO

Galinho de Quintino
Dá bunda lelê
No gol certeiro

10 de janeiro de 2011

Conjures

Copular o a e o u acendendo o i
além de consoantes distorcidas.


O espanto faz enquadrar a fotografia
no ditongo.

9 de janeiro de 2011

AMIZADE EM DUAS RODAS


Stubbe ficou quieto.
O cinza das nuvens cospiram a tarde que chega.
Nossos amigos Bizé e Robson pedalam por aí,
talvez em Monte Verde. Talvez em Camanducaia,
ou em Campos do Jordão.
Por aqui a fotografia Mima's pousou num risco entre
o mar e a lagoa.
A saudade sorri  na fagulha do sol.

7 de janeiro de 2011

PARA BAUDELAIRE


As flores do mal de Baudelaire



Sangram nas mãos dos poetas



Tão suspirantes e ofegantes



Onde sua loucura é a verdade inspiradora







Onde a Maldição é um canto no escuro



Onde o muro é cheio de lâminas



Cândidas guilhotinas das ilusões



Erupções em caracóis no mar







Onde é fácil a perturbação



Na mente dos humanos andróides



Seculares nas praias do purgatório



Onde a decisão é tomada junto a Dante







Baudelaire, seu vampiro,



Sangue puro de Poesia



Sugador dos pescoços dos mortais



Da tua lira imortal, arrepia os efêmeros corpos carnais.







(Cássio Amaral 2003)

6 de janeiro de 2011

TORÓ I

chuva de verão
não pede
refrão

TORÓ II

sem refrão
música
chuva de verão

dESROTA

O guia é sem guia
desguia as rotas desconhecidas
já que a onda
dá Netuno

Erro de navegação diz
encontro
desde já recomendo:


Não joguem lixo na praia !

5 de janeiro de 2011

Bizé e Robson por aqui

Bizé e Robson chegaram segunda dia 03.
Pedalaram e passearam um pouco.
 Sacaram um pouco de Barra Velha.
Ontem fomos à praia. Conversamos bastante.
De tarde pedalamos, pedal muito bom, primeiro pela
Br e depois pela orla.
Á noite fomos jantar. Depois pegamos  o  tremzim
da infinitude pela cidade. Vimos as luzes iluminando
os surfistas na praia do Tabuleiro.
Hoje vamos a Pomerode, que é a cidade da Maeles.
As fotos que fizemos no olhar estão refletidas no nosso
ser.
As fotos q faremos hoje e depois publicaremos
aqui e no Punctum