30 de setembro de 2008
TEATRAL
A vida atual
Perante o palco
Engrandecendo os sonhos
Em demasia aguçada
Em janela real
Constelações estelares
E peças
Multicoloridas
Ao eterno madrigal
E ao infinito
Se instalam a harmonia dos artistas
E a sabedoria das corujas
Tudo teatral!
Harmônico e imenso
Pela cultura
Da eterna esperança
Teatral, atual
Belo e colossal
Os vitrais que se espelham
Vidas ausentes
Ana Paula Oliveira
Do seu livro ESSÊNCIA
Perante o palco
Engrandecendo os sonhos
Em demasia aguçada
Em janela real
Constelações estelares
E peças
Multicoloridas
Ao eterno madrigal
E ao infinito
Se instalam a harmonia dos artistas
E a sabedoria das corujas
Tudo teatral!
Harmônico e imenso
Pela cultura
Da eterna esperança
Teatral, atual
Belo e colossal
Os vitrais que se espelham
Vidas ausentes
Ana Paula Oliveira
Do seu livro ESSÊNCIA
28 de setembro de 2008
mistério
disco risco pisco
Led Zeppelin
house of the holy
domingos famintos de crista
fagulho illuminatis
mergulho fundo Hollywood
Bukowski urrando argumento
o uivo de Robert Plant
castelo de Aliester Crowley
pão de queijo mineiro
adeus a norma e a abnt
pisco risco disco
vôo de fênix
traduzido no termômetro do tempo
impressões de pirâmides
conhecimento milenar
caixa preta do desconhecido
pingo de sol
na sombra da vida
Led Zeppelin
house of the holy
domingos famintos de crista
fagulho illuminatis
mergulho fundo Hollywood
Bukowski urrando argumento
o uivo de Robert Plant
castelo de Aliester Crowley
pão de queijo mineiro
adeus a norma e a abnt
pisco risco disco
vôo de fênix
traduzido no termômetro do tempo
impressões de pirâmides
conhecimento milenar
caixa preta do desconhecido
pingo de sol
na sombra da vida
27 de setembro de 2008
26 de setembro de 2008
DESPERTAR
25 de setembro de 2008
24 de setembro de 2008
VERA PRIMA PRIMATIS
detonação de
o giramundo segue a br
in
arreganha a
e arregaça a
no punctum
23 de setembro de 2008
20 de setembro de 2008
Sorriso triste
...Sem vc, meu corpo
permanece mudo chora, em silêncio,
por cada nota que se recusas tocar.
E o som vazio,
implora, com toda sua loucura,
para que volte
e faça um concerto
em minha vida,
pq sem ti, meu libreto é vazio,e é triste minha partitura...
(Nanda Assis)
O blog da Nanda está aí ao lado ou no:
http://allannysl.blogspot.com/
18 de setembro de 2008
MARIA DA LUA CISMADA
[ou uma mulher cheia de cacarecos]
Que defende teses sobre sexo, amor, ódio, paixão e outras
parafernálias. Anda pela Ilha numa saia de chita ostentando um
sorriso muito branco. Diz que o melhor do dia é caçar um meio do caminho.Tem
sete pontes pelo coração. Todas com nome.
Maria é mesmo lua cismada. Tem uma têmpera machadiana que não
entende nada sobre olhar incolor. Foi batizada com um redemoinho bem no
alto da cabeça e ama do mesmo tamanho o tudo e o nada.
Gosta de contar que o centro da sua cabeça é um enigma, coisa assim, sem
explicação. Que mandou benzer, lua e meia, sete noites, pra quando o
passado a invocar, ela poder colidir sem medo das núpcias.
Ê Maria!
Valéria Freitas
O blog da Valéria está linkado aí ao lado, ou no:
http://curvasconcretosquadris.blogspot.com/
O TEMPO
16 de setembro de 2008
ABRAM AS PORTAS DA PERCEPÇÃO PARA MORRISON ENTRAR
todos os cachorros são azuis
Morrison
vocifera a filosofia
roadhouse blues
lagarto me arrasto cão
o tiro é o veneno da estrela
matar a improbidade dilacerada da mediocridade humana
arregaço a taba
NucleaR me deu a direção
sobre o valium de outrora
as nuvens fazem xixi além do bem e do mal
Baudelaire me acena o banquete dos deuses
o blues traduz minha passagem
nos estilhaços do pôr do sol.
Cássio Amaral
10/09/2008.
BIPEI
poe
dilema
poe
ma
lema
limite máximo
rápido e conciso
metralhar metáforas
alhures
rasgar o verbo
fotografar signos
faiscar essência
entortar sílabas
lema
poe
ma
dil
ema
bipei
rema
lema
p
o
e
m
a
Cássio Amaral
08/09/2008.
dilema
poe
ma
lema
limite máximo
rápido e conciso
metralhar metáforas
alhures
rasgar o verbo
fotografar signos
faiscar essência
entortar sílabas
lema
poe
ma
dil
ema
bipei
rema
lema
p
o
e
m
a
Cássio Amaral
08/09/2008.
15 de setembro de 2008
Hotel Arraial das Margaridas
Ela saiu correndo atrás do menino, gritando e xingando:
_Volta aqui seu desgraçado e tentou dar uma bolsada nele.
O menino muito mais leve e ágil conseguiu escapar.
Eu na recepção fiquei pensando:
_Essa mulher é louca, não tem postura, é metida pra caramba. Esposa
do presidente da Câmara.
Eu já tinha trabalhado em várias empresas, mas nunca uma pessoa assim
cruzou o meu caminho.
Ela era bem dissimulada, gorda, num autoritarismo, a arrogância mais alta,
cheirando a falsidade em perfumes paraguaios e cheia de crocodilagem e
coronelismo.
Chegou na recepção do Hotel e gritou perguntando se não tinha visto que
o menino estava querendo pular a janela para acessar a internet.
No momento da cena achei que tinha sido uma tentativa de assalto, os vizinhos
das casas e os funcionários do Supermercado da frente observavam e riam.
Não contive e comecei a rir também, antes dela gritar para se afirmar como
proprietária do Hotel.
Minha convivência com ela era estritamente profissional.
A empresa era nova, um hotel de duas estrelas e meias, pouquísssimos funcionários
que eram sempre humilhados na porrada terapia.
O tempo foi passando e cada dia uma faceta nova, novidades e mais humilhações.
Um dia discuti o preço da tarifa com uma hóspede representante de uma empresa
de medicamentos.
Ela não aceitou, tentou pedir um desconto. Mas dona Margarida foi firme e retrucou
dizendo que ela poderia procurar outro hotel, que sua diária estava muito baixa.
A hóspede então foi e nunca mais voltou.
O tempo foi passando e o hotel crescendo, colocou-se elevador, houve várias
reformas, home service, lavanderia e garagem para os hóspedes.
E um dia nas primeiras páginas dos jornais a tradução da prosperidade:
Hotel Arraial das Margaridas é fechado por ser lavagem de dinheiro da Prefeitura
Municipal da Ratolândia.
_Volta aqui seu desgraçado e tentou dar uma bolsada nele.
O menino muito mais leve e ágil conseguiu escapar.
Eu na recepção fiquei pensando:
_Essa mulher é louca, não tem postura, é metida pra caramba. Esposa
do presidente da Câmara.
Eu já tinha trabalhado em várias empresas, mas nunca uma pessoa assim
cruzou o meu caminho.
Ela era bem dissimulada, gorda, num autoritarismo, a arrogância mais alta,
cheirando a falsidade em perfumes paraguaios e cheia de crocodilagem e
coronelismo.
Chegou na recepção do Hotel e gritou perguntando se não tinha visto que
o menino estava querendo pular a janela para acessar a internet.
No momento da cena achei que tinha sido uma tentativa de assalto, os vizinhos
das casas e os funcionários do Supermercado da frente observavam e riam.
Não contive e comecei a rir também, antes dela gritar para se afirmar como
proprietária do Hotel.
Minha convivência com ela era estritamente profissional.
A empresa era nova, um hotel de duas estrelas e meias, pouquísssimos funcionários
que eram sempre humilhados na porrada terapia.
O tempo foi passando e cada dia uma faceta nova, novidades e mais humilhações.
Um dia discuti o preço da tarifa com uma hóspede representante de uma empresa
de medicamentos.
Ela não aceitou, tentou pedir um desconto. Mas dona Margarida foi firme e retrucou
dizendo que ela poderia procurar outro hotel, que sua diária estava muito baixa.
A hóspede então foi e nunca mais voltou.
O tempo foi passando e o hotel crescendo, colocou-se elevador, houve várias
reformas, home service, lavanderia e garagem para os hóspedes.
E um dia nas primeiras páginas dos jornais a tradução da prosperidade:
Hotel Arraial das Margaridas é fechado por ser lavagem de dinheiro da Prefeitura
Municipal da Ratolândia.
12 de setembro de 2008
Lixo Atômico
se a lua cair do céu
além dos cacos quebrados
aonde vamos guardar
olhares enamorados?
e se as estrelas em greve
não quiserem mais piscar
será que vais resistir
voltaremos a brincar?
se o sol apagar o facho
e tornar-se um astro frio
eu vou agüentar viver
como vel(h)a sem pavio?
se a terra onde moramos
depois da judiação
quiser se vingar dos homens
nós mulheres - escapamos?
sei não
*
Líria Porto
O blogue da Líria está nos links aí ao lado ou no:
http://liriaporto.blogspot.com/
10 de setembro de 2008
NÃO OUVIRAM NADA DO IPIRANGA
Verdes, azuis, amarelos e brancos
tecidos e mais tecidos são despojados pelos navios mercantes.
Ouro, prata e diamantes foi a troca perfeita para os novos consumidores da América.
Clima tropical combina bem com os casacos de peles usados na França
e toda sorte de quinquilharias inúteis invadem o solo agora pisado por colonos, jesuítas e
Joaquins Manueis filhos de Senhoras Putas.
Vida longa ao Rei!
E a nobreza desfila por cima
de carne humana.
Três africanos em troca de mais um pedaço de terra ou
por bem menos que isso...
Os sinais tocam e as mocinhas correm
para rezarem a missa.
Enquanto isso o padre termina de almoçar o novo coroinha.
_Toc toc!
_Quem é?
_Seu novo Eu!
_Pode entrar, só estou experimentando minha nova máscara.
Os carros passeiam pela madrugada.
Lá vem Eles, corram!
E os tiros silenciam toda manifestação dos chamados livres-expressadores.
De fundo um hino expressa tudo aquilo que nunca existiu...
E não Ouviram nada no Ipiranga,
só silêncio misturado com sangue dos insetos.
_Toc, toc!
_Quem é?
_Sou eu, só queria desejar uma boa noite!
_Boa noite!
Enquanto isso o presidente não faz a barba
E mesmo assim fica bem distante do perfil de Marx
A foice e o martelo duelam entre si
E as novelas terminam com um final feliz
Pão de queijo, rapadura e vatapá
E os coronéis ainda estão no controle
Salve a Grécia porque ela não tem nada a ver com isso
E eles continuam vendendo suas almas.
Eu tenho um amigo que tem fobia de gato
E ele não também não tem nada a ver com isso
Isso não é um poema
Pois poetas foram
chacinados
Pela industria Cultural.
Isso não é um grito
Estamos mudos demais para isso.
Isso é apenas o relato de alguém que não ouviu nada do Ipiranga.
Lisa Alves - Notícias do Mundo Tupi-Guarani - Janeiro/2006.
--
Lisa Alves
www.ladyproserpina.blogger.com.br
Ou nos outros blogues:
http://lisaallves.blogspot.com/
http://www.quartopoder.blogger.com.br/
8 de setembro de 2008
2 de setembro de 2008
BRASÍLIA
Museu da República
Foto de Robson Corrêa de Araújo
Foto de Robson Corrêa de Araújo
"Brasília capital da esperança
Asas e eixos do Brasil
Longe do mar e da poluição
Mas um fim que ninguém previu
Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais"
Plebe Rude
Estou indo com o amigo Quedo hoje à Brasília para a 1ª Bienal Internacional
de Poesia e Feira do Livro de Lá.
Vou pra sacar, aprender, interagir e participar.
Na volta conto como foi o evento.
Um poema aí do meu livro novo Sonnen:
LEMINSKIKATI
cataram tudo
além do sono
me deixaram o sonho
um tio sensei
me olhou das nuvens
e uma espada cortou
um verso japonês
Kobayashi disse sorrindo:
o sol parace Bashô.
fiquei translucido
pedi uma cerveja
e catei um Leminski
num haicai silencioso
que beliscou minha alma.
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