As metáforas alinham o sol na sombra das palavras
25 de fevereiro de 2013
21 de fevereiro de 2013
18 de fevereiro de 2013
A POESIA É CERNE A PALAVRA É BÁRBARA
Foto: Kátia Torres Negrisoli
Buda viu a flor no chão e a colocou na água.
Esse ato foi de vivificação da flor, da vida, assim nasceu
o Ikebana que foi levado com o Budismo para o Japão e ali
se transformou em Arte. Uma arte de luz que é um caminho
de busca espiritual. Os samurais antes das batalhas faziam um
ikebana, no período antigo do Japão só os homens podiam
fazer Ikebana.
A FLOR DENTRO DA ÁRVORE de Bárbara Lia é um ikebana
que se tece e se vivifica com palavras. A palavra é a flor que se fixa
na árvore para dar vida.
A vida da poesia é esse escolher dos arranjos, galhos e flores que se usa
numa composição de Ikebana.
É isso que a poeta Bárbara Lia faz no sentido mais amplo da palavra.
O haikai do livro é preciso e conciso como em "Dame el ocaso en una copa!"
Velhas estradas bifurcadas/lentas aparições de fantoches/Nas alamedas
do nada.
É esse Nada que dá sentido a poesia que se explica na escolha dos imagens
que Lia utiliza na sua OFICINA DE SONHOS.
Essa oficina exprime poemas bem elaborados e bem construídos onde há
uma essência muito grande de vida, produzida em versos. É o sentimento
da Poeta que se aflora dentro do lugar-vida em que se insere. Esse contexto
é a matéria-prima deste livro onde os poemas tocam o Sutil como flor dentro
da árvore.
Lia sabe muito bem o que diz e a que veio, sua poesia é profunda, de leituras
e experiências de quem sabe compor a obra que a arte é. É claro minha cara
Poeta é esse "Toquei seu berço silencioso" onde seu pai a plantou em Minas
sem Mar. É José e os agoras, é Adélia Prado, é Drummond, é Milton Nascimento
cantando Caçador de Mim, são os orgasmos de Dona Beja de minha terra
Araxá, É Guimarães Rosa, é a pedra no meio do caminho para quebra-la e
desmaterializa-la. É a poesia , sua poesia que bate e inquieta o leitor que tem
seu belo livro feito por uma artista de luz, que entende o valor de um livro-objeto
de arte.
Sua sombra é uma memória plantada na esquina da palavra Emoção que é
pura Poesia. Por isso é válido e uma satisfação ler e conhecer este livro
de Bárbara Lia que pode ser adquirido no seu blog:
http://chaparaasborboletas.blogspot.com.br/
A fortuna crítica do livro é de Sidnei Schneider.
Capa: Foto do quarto de Emily Dickison - Homestead.
Livro artesanal feito pela autora Bárbara Lia.
13 de fevereiro de 2013
12 de fevereiro de 2013
Vamos aproveitar a chuva de carnaval
Um quê de pé na estrada
A casa é pluma signo
Sutil faro poesia
Vôo no mar Barra Velha
Barros de Araxá POESIS nióbio
Calor pede um copo de água gelada
Um riso está na esquina querendo
se mostrar
As falácias são anestesiadas
O sonho é gravidade que abarca
o barco do devaneio
que aporta no Brasil
Pulo carnaval nas
palavras
que sambam
sempre.
A casa é pluma signo
Sutil faro poesia
Vôo no mar Barra Velha
Barros de Araxá POESIS nióbio
Calor pede um copo de água gelada
Um riso está na esquina querendo
se mostrar
As falácias são anestesiadas
O sonho é gravidade que abarca
o barco do devaneio
que aporta no Brasil
Pulo carnaval nas
palavras
que sambam
sempre.
11 de fevereiro de 2013
Meteórico
Parodiando Leminski via Pessoa em algum poema
O silêncio bate na pedra
A pedra quebra o grito
O grito estilhaça o infinito
O infinito abre as estrelas
As estrelas caminham no reflexo
das pessoas que chegam ao sol
Pessoas somos "Pessoa"
"Pessoa" peça proa
Portugal
"Ó mar salgado"
Pessoa o fingimento é deveras
A palavra oculta se expressa
em admiração
06/02/2013.
O silêncio bate na pedra
A pedra quebra o grito
O grito estilhaça o infinito
O infinito abre as estrelas
As estrelas caminham no reflexo
das pessoas que chegam ao sol
Pessoas somos "Pessoa"
"Pessoa" peça proa
Portugal
"Ó mar salgado"
Pessoa o fingimento é deveras
A palavra oculta se expressa
em admiração
06/02/2013.
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