29 de julho de 2014

FORÇO FAISCÓIDES



Forço Fórceps Faísca
Isca
Pisca
Coletivo Anfisbena
Edições Imprevisto
Reverso na onda
Que bate no escândalo
É hora de nascer.


28 de julho de 2014

SEM JAULAS


(Digo Rodrigo!)


Pensamento
Palavra
Ação
Função poética:
Enganar   Linguagem
LOWCURA
Cura
Me

Cura
Alimento
Pleonasmos
Haddol
Esquizo
Esquivo
Paranóia
Lithium

LOWCURA
Me
Cura
Música
Todos os cachorros são azuis


Levitar



Meus dedos são viajantes rotineiros
percorrem toda a vastidão de seu corpo.
Conhecem todo o seu relevo
naufragam e submergem silenciosamente
no pântano quente que me consome.
Letárgico
de olhar levemente cerrado
lábios entreabertos
me entrego às suas vontades.
Palavras ditas na hora certa
sussurros febrís oportunos
soam como um enaltecimento.
O êxtase maior se completa
ciclicamente.
E o vento sopra suavemente os nossos corpos.
E a sensação de prazer se eleva
assumindo forma diferente no cérebro.
Flutuo
inconsciente.
Desperto enfim
revigorado.
Rejuvenescido.


Adriano Amaral. 

Foto: Cássio Amaral. 


26 de julho de 2014

PAZ ZAP ZAP PAZ

Como pode ser bom esse jogo?
Tio Sam Samuel Sanguinário
Se você apoiou os judeus matando os palestinos?
Como pode ser legal isso baby
Se o Hamas não é paz
E o que são vocês?
Mandaram assim como se a bomba míssel pintada de corações pelas suas crianças
não matassem as crianças dos palestinos.

Hei a rima não rima chocam-se
babagens e predileções de uma guerra insana
que os inocentes pagam com a vida.

Como pode ser bom esse jogo?
Tio Sam Samuel Sanguinário
Se você apoiou os judeus matando os palestinos?
Como pode ser legal isso baby
Se o Hamas não é paz
E o que são vocês?
Mandaram assim como se a bomba míssel pintada de corações pelas suas crianças
não matassem as crianças dos palestinos.

Hei a rima não rima chocam-se
bobagens e predileções de uma guerra insana
que os inocentes pagam com a vida.

Imagem extraída da Internet


25 de julho de 2014

PEDRA 1.000

Para Ariano Suassuna 

Pedra 10
Pedra 100
Pedra 1000
Seu teatro é a fantasia da minha vida
Frevo que danço mesmo sendo mineiro
É esse voo que tu pegou agora
Rumo ao contexto sideral
Chicó grita seu contexto
Texto indelével obra magistral
Ariano sua verve  suam palavras dramaturgia
Finca sim mano véi essa poesia que te arrebata
Esse sertão Sebastianista que te traz paranóia
Chicó grita:

Voa voa voa!
Aí a tua luz reluz na grama mais fácil
E seu voo finca a arte diretamente.

Foto: Robson Corrêa de Araújo


23 de julho de 2014

Vamos ao Tour de France?

1- Pedalar as onomatopeias para os haikais faiscando tudo no aro.
2- Poema no rodar duas rodas dizem um escândalo no sol que fulminou o dia hoje.
3-Abraçar a bike e dormir com ela no eixo do devaneio.
4-Banana caturra antes do pedal ou depois água e dínamo da verve que arte em duas rodas dá.
5-Tu que ou, então ó: http://www.letour.fr/us/ isso já é a poesia andante no  il le magnifique de tous les côtés.
6- Arrepio o pedal no desbaratinar Italiano Vincenzo Nibali dá show na 13ª etapa do Tour de France; assista o poema em duas rodas.
7-Quero pedalar a minha metalinguagem no uni-Verso.
8- Bom poeta é bom filósofo, sabe pedalar direito em duas rodas: fenomenologia do desarme. 
9- Curta o pedal aqui no infinito das palavras elas dizem além do tempo. 
10- Bato bafo alinho figurinhas de duas rodas bicicletas caminham na saúde em direção da lagoa via solares instantes. 

Foto: Robson Corrêa de Araújo.

22 de julho de 2014

CABEÇA CABEÇADA


"Quem irá colocar uma dinamite na cabeça do século" 
                                 Tom Zé

A sua cabeça
Cabeçada
Bate bate
Pilhéria equilíbrio desvio
A teimosia da guitarra
É raio de tempero
"Cabeça de Dinossauro"
Cabeça na onomatopeia
do fósforo
Fogo átomo vida
Sonho sono sambo
Eletro- tonalidades  magnéticas
Foram fora fórum
Vazio invento a lua
camuflada nua
no seu jardim

Foto: Cássio Amaral. 



19 de julho de 2014

ILUMINAÇÃO.

palavra sol
fagulha faísca precisão
mestre traduz caminhada.

foto: Cássio Amaral.

18 de julho de 2014

Berço da liberdade


Foto: Robson Corrêa de Araújo



O fio é a palavra misteriosa que guardei pra hoje
depois do pedal de ontem à noite
vento batendo no rosto frio brincando de poema quântico
há um explodir no corpo do léxico Dionísio acena para Apolo

O eletrocardiograma peito caminha no voo certo sol sentido

conteúdo

16 de julho de 2014

GARÇAIS

1
peixe fora d'água
pedalo palavras
reflito sol

2
lagoa lambe sol
desfaço o punctum
pedalo o incrível

3
sol traduz dia
duas rodas dão tom
som vida vento

4
haikai do sol
alimento bicicleta
sangue do Japão: átimo

5
peixe pula instante
a curva da lagoa é
bunda lelê no sol

6

atônito vento bate
folha zen
diz um haikai nipônico.

7
canto OOOOOMMMMMM
mantra solar
sol pátria vida

8
garça alimenta verso
que desfaço e alinho
as margens da lagoa é magia

9
Manoel de Barros tem IGNORÃÇAS
tenho ignorância num desbravar palavras
nas Ignorânças a invenção clareia o dia.

CITAÇÃO FORA DO COMBINADO



O calibri calibra o corpo
Pedalei hoje rodei e flutuei
O peixe pulou na lagoa e nem Robson, nem Isaias e nem eu
Fotografamos a foto art que ganharia o prêmio Sesc  ou Lefresnoy nos daria um sorriso.
Há um quê de Thoreau no ensaio dos nossos pedals
Pedalo o incrível pois o crível são de vocês.
Metalinguagem é mãe do metro quadrado
Poema atômico diz um voo da garça

no voo da minha linguagem. 

15 de julho de 2014

_ Abro aspas o disco voador é a nossa casa



Foto: Robson Corrêa de Araújo


O verso é minha pátria
O indivisível é reflexo no Conjunto Nacional
O eixão pedala guia para Kafka
Distúrbio coletivo vem aí DILma
Os alemães ensinaram direitinho o papagaio do Brasil
O fotógrafo alinha o estilhaço curvas curvas
Guias afinam o infalável para dizer o prático
Marte nos espera cheia de arte. 

11 de julho de 2014

LUNÁTICO INSTANTE

As nuvens escarlates desbundam Manoel de Barros na esquina.
Um sopro plasma pleonasmos aleatórios.
A incongruência é poesia que salta no universo.
Digo sim e vou mesmo que digam não.
Prosa comunga a foto das estrelas que no caracol brinda a noite.
Há um leque alinhado no verso.
Poe põe poema de improviso para matar o hiato criativo.
Lua estilhaça a noite seu perfume é uivo. 


2 de julho de 2014

Febril



É Pedro é Paulo.
É Kedo é Saulo.
É Adriano e Isaias
Wellington e Farias.
Nuclear e Bebeto
É febre febre do rato
Para escrever versos
Onomatopeias, metáforas
Ideias, Filosofias
É essa febre que nos consome
Que nos alegra
Vida rasgar o pleonasmo
Dar o tom
Som
da própria poesia.
Escrever e rasgar-se por inteiro.



Fotografia Walter Carvalho.



Febre do Rato.



Fotografia: Walter Carvalho.


A febre passeia pela mente
pelo corpo
pelo coração
Anarquia
para improvisar o dia
Anarquia para possibilitar
o verso
mesmo anômalo
Me dê o megafone ou o microfone
Surto na praça
para dar a cara limpa
a alma pura
o ouro 
que arromba a janela
Surto na praça
Surtomania de Rodrigo de Souza Leão
de Robson Corrêa de Araújo
de Heleno, de Nolli, de Flávio, de Ricardos
Surtar é dar a cara a tapa
O poeta está na praça é necessário
O elixir da vida se refaz no quando e como
Uivo poemas para o nada
E ele me dá tudo.