Tela de Rodrigo de Souza Leão
O nada é grande
A poesia não faz sentido para os endurecidos
O outro não é valorizado
É esse inverno sempre da alma que deixa a humanidade
Moderna rápida esperta e cheia de expedientes
Seu cobertor é quente pouco importa se há pessoas nas ruas
morrendo de frio
A chuva bate um verso talvez de Maiakowski
O capitalismo é o pai da escravidão o Socialismo virou a mãe da Ditadura
Não há mais ismos no mundo apenas um dom de concreto
Que paira no homem que não sabe ser homem
Viramos Ets com nosso próximo
O vil metal é a regra do jogo
19 de julho de 2013
9 de julho de 2013
ALÉM DO ELEFANTE DE L. RAFAEL NOLLI
Tela de Rodrigo de Souza Leão
Meu elefante incomoda muita gente
Desbaratinando o incrível
É reflexo de Gentileza
Que incendeia o plexo do sol
No concreto dizer absurdo
das palavras.
6 de julho de 2013
QUEM SABE?
Tela de Rodrigo de Souza Leão
A chuva acha que molha
A lua acha que uiva
O sol acha que ilumina
O tempo acha que passa
O inverno acha que neva
O filme acha que imagens
O louco acha que surta
O cão acha que late
O professor acha que ensina
O bêbado acha que chapa
O religioso acha que salva
As formigas acham que trabalham
O soldado acha que luta
O poeta acha que sonha
O escritor acha que escreve
O historiador acha que pesquisa
O político acha que rouba
O pintor acha que pinta
O jogador acha que joga
O homem acha que sabe.
Cássio Amaral.
29/06/2013
5 de julho de 2013
NOTURNO.
Pintura de Cy Twombly
borboletas incandescentes
brotam das metáforas
há um quê de surreal no traço
não saber é a sabedoria suprema
a pergunta bate além do ego
desmancho o que faço
satírico mordaz a palavra
mostra dentes de um poema
absurdo noturno.
2 de julho de 2013
CONSTRUÇÃO
A poeira esvai Bukowski
para dar tom esmero.
Porta e janelas de filosofia comungam
com sol que depois de dias vem
nos visitar.
Sartre dá tom em palavras para finalizar o piso
quando Zappa faz a parte elétrica
da casa.
2/7/13.
Poema: Cássio Amaral.
Foto: Isaias de Faria.
.
Chove assim
a fumaça esvai
o stress diz um porquê
cama que pede
descanso
dia sempre corrido
lá e cá
a poesia cada vez mais substituída
pela realidade
essa mãe ingrata e sádica
que mata seus filhos pelo simples
fato de casa interior (self) das pessoas
quererem seu objetivo.
O objetivo do artista é desmaterializar
desse condicionamento achismo.
Todos se acham.
Eu não acho nada.
Engoli as estrelas.
Mastiguei as flores.
Exalei o estilhaço.
O mar lambeu meus pés.
Uivei as luas de Hilda Hilst
no tempo espaço
do céu.
Poema: Cássio Amaral.
Foto: Isaias de Faria.
a fumaça esvai
o stress diz um porquê
cama que pede
descanso
dia sempre corrido
lá e cá
a poesia cada vez mais substituída
pela realidade
essa mãe ingrata e sádica
que mata seus filhos pelo simples
fato de casa interior (self) das pessoas
quererem seu objetivo.
O objetivo do artista é desmaterializar
desse condicionamento achismo.
Todos se acham.
Eu não acho nada.
Engoli as estrelas.
Mastiguei as flores.
Exalei o estilhaço.
O mar lambeu meus pés.
Uivei as luas de Hilda Hilst
no tempo espaço
do céu.
Poema: Cássio Amaral.
Foto: Isaias de Faria.
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