Tela de Quedo
Estou fora de casa,
os sinos tocam dizendo ser o fim da energia e
o começo de outra - não obedeço.
O copo de vinho me acompanha nesses dias famintos.
Estou à beira da loucura. Da loucura perplexa,
da indignação e das flores mortas.
Tenho infinidades para plantar...
A música toca e eu não sei acompanhá-la e
só dentro da alma ela é compreendida.
Pessoas passam, pessoas vem, pessoas vão -
é sempre a mesma coisa.
Os banheiros existem - é preciso defecar.
Os sinos tocam sem ritmo numa balada propícia ao vento.
Sou o que sou e nada mais.
Tem gente que me admira, tenta me consumir e depurar...
mas sou feita de carne e osso e minha alma
ninguém pode alcançar.
Não sou vitrine exposta, onde se olha e pode comprar...
sou além da matéria.
Chega de hipocrisia, de ladainhas e picuinhas -
somos e podemos ser mais do que isso.
Vampiros de energia - gente de pouco brilho que rouba
o que é do outro. Sejamos verdadeiros caros vampiros -
tirem suas máscaras e encarem suas fraquezas.
Cris - (Cristiane Destri)
O blog da amiga e irmã Cris está linkado aí do lado ou no:
http://crisdestri.zip.net/
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