Quatro estudantes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS - Humberto Gessinger (vocal e guitarra), Carlos Maltz (bateria), Marcelo Pitz (baixo) e Carlos Stein (guitarra) - resolveram formar uma banda apenas para uma apresentação em um festival da faculdade, que aconteceria por protesto à paralisação de aulas. Escolheram o nome Engenheiros do Hawaii para satirizar os estudantes de engenharia que andavam com bermudas de surfista, com quem tinham uma certa rixa.
Começaram a surgir propostas para novos shows e, após, algumas apresentações em palcos alternativos de Porto Alegre juntamente com uma série de shows pelo interior do Rio Grande do Sul. A banda em menos de quatro meses de carreira já consegue gravar duas músicas na coletânea Rock Grande do Sul (1985) com diversas bandas gaúchas em razão de uma das bandas vencedoras do concurso audicionador à coletânea ter desistido da participação do álbum na última hora.
Carlos Stein desiste do grupo e, tempos depois, passa a integrar a banda Nenhum de Nós. Meses passaram, e os Engenheiros do Hawaii gravam o seu primeiro álbum: Longe demais das capitais, em 1986. O norte musical do disco apontava para um som voltado à música pop, muito próximo ao ska de bandas como o The Police e o Paralamas do Sucesso. Destacam-se as canções Toda forma de poder, Segurança e Sopa de Letrinhas.
Antes de começarem as gravações do segundo disco, Marcelo Pitz deixa a banda por motivos pessoais. Com Gessinger assumindo o baixo, entra o guitarrista Augusto Licks, que havia trabalhado com Nei Lisboa, conhecido músico gaúcho.
Os Engenheiros lançam o disco A Revolta dos Dândis, em 1987. A banda muda o direcionamento temático, iniciando uma trilogia baseada no rock progressivo, com discos com repetições de temas gráficos e musicais e letras em que ocorre a auto-citação. Os arranjos musicais são influenciados pelo rock dos anos 60, as letras são críticas, com ocorrência de várias antíteses e paradoxos e aparecem citações literárias de filósofos, como Camus e Sartre. Destaque para Infinita Highway, Terra de Gigantes, Refrão de Bolero e a faixa título, dividida em duas partes. Começam os shows para grandes platéias nos centros urbanos do país, como o festival Alternativa Nativa, realizado entre 14 e 17 de junho de 1987. A partir desta data, os Engenheiros encheriam ginásios e estádios pelo Brasil afora.
Começaram a surgir propostas para novos shows e, após, algumas apresentações em palcos alternativos de Porto Alegre juntamente com uma série de shows pelo interior do Rio Grande do Sul. A banda em menos de quatro meses de carreira já consegue gravar duas músicas na coletânea Rock Grande do Sul (1985) com diversas bandas gaúchas em razão de uma das bandas vencedoras do concurso audicionador à coletânea ter desistido da participação do álbum na última hora.
Carlos Stein desiste do grupo e, tempos depois, passa a integrar a banda Nenhum de Nós. Meses passaram, e os Engenheiros do Hawaii gravam o seu primeiro álbum: Longe demais das capitais, em 1986. O norte musical do disco apontava para um som voltado à música pop, muito próximo ao ska de bandas como o The Police e o Paralamas do Sucesso. Destacam-se as canções Toda forma de poder, Segurança e Sopa de Letrinhas.
Antes de começarem as gravações do segundo disco, Marcelo Pitz deixa a banda por motivos pessoais. Com Gessinger assumindo o baixo, entra o guitarrista Augusto Licks, que havia trabalhado com Nei Lisboa, conhecido músico gaúcho.
Os Engenheiros lançam o disco A Revolta dos Dândis, em 1987. A banda muda o direcionamento temático, iniciando uma trilogia baseada no rock progressivo, com discos com repetições de temas gráficos e musicais e letras em que ocorre a auto-citação. Os arranjos musicais são influenciados pelo rock dos anos 60, as letras são críticas, com ocorrência de várias antíteses e paradoxos e aparecem citações literárias de filósofos, como Camus e Sartre. Destaque para Infinita Highway, Terra de Gigantes, Refrão de Bolero e a faixa título, dividida em duas partes. Começam os shows para grandes platéias nos centros urbanos do país, como o festival Alternativa Nativa, realizado entre 14 e 17 de junho de 1987. A partir desta data, os Engenheiros encheriam ginásios e estádios pelo Brasil afora.
O primeiro disco que comprei foi Longe Demais das capitais, ainda o tenho.
Mas dos anos oitenta pra cá o Rock Brasileiro caiu muito, quer pelo contexto histórico,
quer pela falta de qualidade nas bandas.
Nos últimos tempos podemos citar quem? Chico Science e a Nação Zumbi,mais atualmente
Los Hermanos, Cachorro Grande, Cordel do Fogo Encantado, Mombojó, Teatro
Mágico, em Uberlândia tem uma banda bacana chamada Porcas Borboletas.
Mas os tempos são outros.
Sou filho da geração coca-cola, já ví muitos shows ao vivos das bandas anos 80.
Mas hoje parece que a coisa vai para o revival, o comércio.
Hoje vejo Dinho Ouro Preto do Capital Inicial parecendo um moleque no palco, e cadê
a produção, cadê o trabalho digno do primeiro disco. Morreu? Ou virou só comercial mesmo?
Não acredito em revivais, não acredito no cara do The Cult tocando no The Dors e...
Putz, mudaram até o nome do Doors, não acredito em Zélia Duncan substituindo a Rita Lee
nos Mutantes. A turnê dos Paralamas e o Titãs pra comemorar 25 anos de bandas agora.
Titãs perdeu muito quando Arnaldo Antunes saiu e depois Nando Reis.
Uma amiga minha de São Paulo foi no show e falou que é legal,mas não é mesma química.
Sabe, aquela frase: " O original nunca se desoriginaliza". E vejo que a coisa degringolou mesmo.
Detonautas, Cpm 53, 23, uma série de coisas que pra indústria fonográfica faz sentido,
porque a indústria fonográfica só quer $, como as editoras.
Bom, eu gosto de Barão Vermelho hoje, as bandas que sobraram já estão acabando. O IRA já está extinto, A Plebe Rude voltou,uma das bandas mais politizadas dos anos 80.
"Nunca fomos tão brasileiros" numa das músicas da Plebe Rude.
Estou saindo dos Engenheiros, que é o que quero falar.
Vamos lá, caiu também, a química rolava mesmo com Humberto Gessinger, Carlos Maltz e Augusto Licks. Esse novo acústico numa boa tem até letras legais e reeleituras de músicas que estouraram,mas não supera o primeiro acústico dos Engenheiros do Hawaii- FILMES DE GUERRA, CANÇÕES DE AMOR gravado em julho de 93 na sala Cecília Meirelles no Rio pelo Mayrton Bahia.
E numa boa hoje os Engenheiros é Gessinger e outros contratados.
Música é química e energia. Pink Floyd ficou muitos anos sem tocar, quando os quatro se juntaram foi uma energia ampliada.
Por isso, repito: O original nunca se desoriginaliza.
E numa boa, acho a música a maior das artes, caí nos versos porque não aprendi a tocar violão.
Música é amplidão, algo que já é uma viajem.
Uma música dos Engenheiros aí do disco Filmes de Guerra, Canções de Amor que gosto, tem uma gaita legal e a letra é interessante.
Saquem a letra aí:
Quanto Vale A Vida?
quanto vale a vida de qualquer um de nós?
?quanto vale a vida em qualquer situação?
?quanto valia a vida perdida sem razão?
?num beco sem saída, quando vale a vida?
são segredos que a gente não conta contas que a gente não faz quem souber quanto vale, fale em alto e bom som
?quantas vidas vale o tesouro nacional?
?quantas vidas cabem na foto do jornal?
?às sete da manhã, quanto vale a vida
depois da meia-noite, antes de abrir o sinal
?são segredos que a gente não conta(faz de conta que não quer nem saber)
quem souber, fale agora ou cale-se para sempre
?quanto vale a vida acima de qualquer suspeita?
?quanto vale a vida debaixo dos viadutos?
?quanto vale a vida perto do fim do mês?
?quanto vale a vida longe de quem nos faz viver
?são segredos que a gente não conta
contas que a gente não faz
coisas que o dinheiro não compra
perguntas que a gente não faz:
?quanto vale a vida?
nas garras da águia nas asas da pomba
em poucas palavras
no silêncio total no olho do furacão na ilha da fantasia
?quanto vale a vida?
?quanto vale a vida na última cena
quando todo mundo pode ser herói?
?quanto vale a vida quando vale a pena?
?quanto vale quando dói
?são coisas que o dinheiro não compra
perguntas que a gente não faz:
?quanto vale a vida?
7 comentários:
Cão...vc deveria fazer uma série falando de música, não só dos Engenheiros. Vc saca a coisa.
Grande, maior parte, das coisas tem sido uma merda mesmo.
Vejo alguma luz de trecos que surgem sabe onde ? No Sul. Especificamente Porto Alegre. Já ouviu Júpiter Maçã ? E temos o Wander Wildner que veio pra São Paulo, mas é sulista. Os Cascavaletes que continuam influenciando a molecada.
Acho que os focos de criatividade vão mudando. E o eixo Rio-SP já deu o que tinha que dar. Mas existem umas metástases criativas que pintam em outros eixos, garagens. Out emo. Lances como a Last FM e o próprio Orkut ajudam a divulgar bandas bacanas. Ouça "Luísa Mandou um Beijo", que é ainda do RJ, mas faz um som diferente, misturando indie com metais e uma vocalista estranha e fodona.
Enfim, muita coisa pra falar e inclusive, pra vc falar !!!
Em uníssono agora:
AAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUuuu.... !
Beijabraço, brother.
°
É Cássio, para mim q gosto da Patife Band e acho q era o melhor som dos anos 80, o cenário é desolador. Meus 42 anos já ouviram muita coisa boa, mas ultimamente, em matéria de roque nacional, só lixo.
Poxa, Cássio, vc "bate" muito bem falando de música..comente maisss e adorei a frase: "O que é original nunca se desoriginaliza". E a piadinha aí embaixo, dos policias e traficantes, tb é muito boa!! rss Um beijo.
É isso aí Cassião, o rock no Brasil virou uma bosta, essas bandas emocore com nomes que variam entre letras e números são um saco. Dos ultimos tempos, salve Chico Science, viva a Nação Zumbi.
"Modernizar o passado, é uma evolução musical". Porrada na música de má qualidade. Você é original. Matem Dinho Ouro Preto. Grande abraço! http://silviao.cortes.zip.net
Cara, ótima sua matéria. É estranho a gente ver que tudo que aparece hoje nunca vai chegar ao que já tivemos no BraZil. Na minha opinião , antes tínhamos um clima aqui, hoje não cabe mais rocknroll no nosso país-tropical-abençoado-por-deus, quem quer viver de música boa hoje, tem que estar consciente de que vai morrer pobre e no esquecimento da maioria, ao menos da mídia. Música é poesia, digo a boa música, e talvez seja um mal(ou um bem?) da poesia nos dias de hoje, quem a faz, de algum modo, vai contra a maré e tem de se virar na vida.
Abração irmão.
Eduardo Ribeiro
Não sou tão radical, não quero matar ninguém! rs... Mas concordo com todos os comentários. E ainda mais com seu texto. Eu ainda estou no progressivo, repetindo mil audições de genesis, pink floyd, frank zappa, etc. e amante dos nossos grandes poetas dos anos 80.
Fico me perguntando: o que aconteceu com a criatividade do rock contemporâneo - e não apenas do nacional!
Bom te ler, Cassinho. Me deixou ainda mais saudade!
Beijocas
Cássio, meu querido amigo, como é necessário fazermos, vez ou outra que seja, esse balanço sobre a nossa música. Naquilo que chamamos MPB, ainda encontramos gratas surpresas, gente com vontade mesmo de fazer um bom trabalho. Por outro lado o nosso Rock nacional, tão ovacionado nos 80, parece ter perdido o rumo mesmo. Honestamente, a quantidade de coisas que me agrada é muito pouca ou quase nada. Chico Science & Nação Zumbi, Mundo Livre, Los Hermanos e, mais recentemente, Mombojó. São raras as bandas de qualidade. Concordo com você: o Barão ainda resiste e bem.
Tomara que não fiquemos mais tempo como estamos: sem nada novo de novo.
Abração, meu velho!!
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