o poeta enche a cara de sonhos disbaratinha a frígida morte displicente diante da vida mortal e procura o sobrenatural ele come luas diáfanas e propõe um som transcendental bebe e chapa a incapacidade de dar a cara a tapa dos comuns cai no inferno de saber que ser sincero é ser EXTRA TERRESTRE num mundo de tantos disfarces de tantos bailes de máscaras ser e sendo e transita na alma um canto um querer de vênus uma cintilante força de clio faz da história mola propulsora de civilidade e humanismo cai e cai e cai e ainda levanta e choca-se com o caos o diabo do caos que congela o espírito humano pala canto enxuga seu pranto uiva pra lua insana e busca a bruxa que com ele fará poções e os rituais que o tempo interrompeu suar poesia suar emoção suar amor e suar carinho suar emoção suar amor o poeta sem teta alfa ômega acende um incenso e vê o censo da elevação do pensamento subir e abrir a porta do cósmico
31/10/04.
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