13 de abril de 2008



(foto do meu celular)


A lágrima pingou suada de nuvens gangrenadas em ritmo de blues .
O buraco negro num vazio zen que diz q tempo é ilusão.
24 horas são 16 horas, relações na disputa de uma bola que não faz
mais gol.
A vibração da terra passou de 7.5 para 11.5.
Me deram o cartão vermelho, caí na terra fosco e translúcido.
Peguei uma metranca de metáforas e sai atirando e atirando.
Cadê essa porra de verso?
Eu sou o reverso que canta aliterações marcianas, o próprio ET nas horas abissais.
Jimi Hendrix me abençoa na madrugada. Então, vocês já ouviram Itamar Assumpção?
Peguem o revolver e atirem em vossas televisões!
Já alucinou além da alucinação? Viram as estrelas cadentes caírem?
Sartre golpeia os que tem uma pele a menos. Foucault diz discurso do método mas o panótico continua nos dando algemas.
Não tenho medo do olho do lobo, dos dentes famintos. Não tenho medo da morte porque somos mortos nos nossos dias de escravidão.
Quebrei a lança e lancei no espaço. Quebro minha própria insipiência. Não estou vencido.
Pulso e repulso fluxo e fixo no ar pleonasmos que cato nos cactos da minha sombra.
O sol abre a boca e banha o suor da vida que traduz a senha em signos.

3 comentários:

Anônimo disse...

alucinação coerente com o existente
protesto louco inteligente
abraço

layla lauar disse...

Incrível este teu texto, queria saber escrever assim... hiper, mega, blaster original. Adorei!

beijo procê!

Anônimo disse...

e então, cássio, isso é um ovni, ou um eclipse?

(www.blogdogafanhoto.zip.net)