Ela saiu correndo atrás do menino, gritando e xingando:
_Volta aqui seu desgraçado e tentou dar uma bolsada nele.
O menino muito mais leve e ágil conseguiu escapar.
Eu na recepção fiquei pensando:
_Essa mulher é louca, não tem postura, é metida pra caramba. Esposa
do presidente da Câmara.
Eu já tinha trabalhado em várias empresas, mas nunca uma pessoa assim
cruzou o meu caminho.
Ela era bem dissimulada, gorda, num autoritarismo, a arrogância mais alta,
cheirando a falsidade em perfumes paraguaios e cheia de crocodilagem e
coronelismo.
Chegou na recepção do Hotel e gritou perguntando se não tinha visto que
o menino estava querendo pular a janela para acessar a internet.
No momento da cena achei que tinha sido uma tentativa de assalto, os vizinhos
das casas e os funcionários do Supermercado da frente observavam e riam.
Não contive e comecei a rir também, antes dela gritar para se afirmar como
proprietária do Hotel.
Minha convivência com ela era estritamente profissional.
A empresa era nova, um hotel de duas estrelas e meias, pouquísssimos funcionários
que eram sempre humilhados na porrada terapia.
O tempo foi passando e cada dia uma faceta nova, novidades e mais humilhações.
Um dia discuti o preço da tarifa com uma hóspede representante de uma empresa
de medicamentos.
Ela não aceitou, tentou pedir um desconto. Mas dona Margarida foi firme e retrucou
dizendo que ela poderia procurar outro hotel, que sua diária estava muito baixa.
A hóspede então foi e nunca mais voltou.
O tempo foi passando e o hotel crescendo, colocou-se elevador, houve várias
reformas, home service, lavanderia e garagem para os hóspedes.
E um dia nas primeiras páginas dos jornais a tradução da prosperidade:
Hotel Arraial das Margaridas é fechado por ser lavagem de dinheiro da Prefeitura
Municipal da Ratolândia.
_Volta aqui seu desgraçado e tentou dar uma bolsada nele.
O menino muito mais leve e ágil conseguiu escapar.
Eu na recepção fiquei pensando:
_Essa mulher é louca, não tem postura, é metida pra caramba. Esposa
do presidente da Câmara.
Eu já tinha trabalhado em várias empresas, mas nunca uma pessoa assim
cruzou o meu caminho.
Ela era bem dissimulada, gorda, num autoritarismo, a arrogância mais alta,
cheirando a falsidade em perfumes paraguaios e cheia de crocodilagem e
coronelismo.
Chegou na recepção do Hotel e gritou perguntando se não tinha visto que
o menino estava querendo pular a janela para acessar a internet.
No momento da cena achei que tinha sido uma tentativa de assalto, os vizinhos
das casas e os funcionários do Supermercado da frente observavam e riam.
Não contive e comecei a rir também, antes dela gritar para se afirmar como
proprietária do Hotel.
Minha convivência com ela era estritamente profissional.
A empresa era nova, um hotel de duas estrelas e meias, pouquísssimos funcionários
que eram sempre humilhados na porrada terapia.
O tempo foi passando e cada dia uma faceta nova, novidades e mais humilhações.
Um dia discuti o preço da tarifa com uma hóspede representante de uma empresa
de medicamentos.
Ela não aceitou, tentou pedir um desconto. Mas dona Margarida foi firme e retrucou
dizendo que ela poderia procurar outro hotel, que sua diária estava muito baixa.
A hóspede então foi e nunca mais voltou.
O tempo foi passando e o hotel crescendo, colocou-se elevador, houve várias
reformas, home service, lavanderia e garagem para os hóspedes.
E um dia nas primeiras páginas dos jornais a tradução da prosperidade:
Hotel Arraial das Margaridas é fechado por ser lavagem de dinheiro da Prefeitura
Municipal da Ratolândia.
3 comentários:
excelente, excelente!
bravos!
pela descrição desta mulher, só podia dar nisto rsrs.
bjosss...
muito bom o texto...
só fiquei triste com a gatinha morta...
devia colocar uma fotografia mais
crítica...
opinião minha viu...
adoroooooooooo
beijão
Postar um comentário