
Rodrigo de Souza Leão é a lowcura que cura.
É quem vive poesia e sabe que poesia é isso, 
um armamento de pleonasmos misturado 
trabalho árduo de escriba . É quem sabe que além
do além há sentimento materializado no escrito. 
Ano passado eu, Quedo (Tancredo Borges Guimarães), 
Fejones,Elaine, Maicknuclear e Bebeto estávamos numa 
mesa na Vila Madalena, o bar Mercearia São Pedro. 
Tomei umas e gritei para o cara da mesa ao lado 
que todos os cachorros são azuis. Um cara
já tinha tomado umas e gritou isso pra outra mesa.
A brincadeira desencadeou um lance de mesas, onde 
alguns repetiram que todos os cachorros são azuis.
Engraçado perceber, que o seu livro Todos os cachorros 
são azuis saiu depois. E que o livro bate e bateu, retrata
um escritor que faz seu ofício com punch, o livro é de uma 
qualidade elevada, onde a vivência e poesia se confundem, 
onde a loucura e a vida se fazem. Onde o poeta se revela 
cultuador de vivências e reminiscências passadas,
onde cruza inteligência e arte. 
Rodrigo de Souza Leão é um nome que tem representação
dentro do contexto da poesia nacional. Na minha concepção
é um dos melhores poetas de sua geração. 
Dois poemas do Rodrigo aí:
APARELHOS DOMÉSTICOS 
nada mais se conserta
nem o concerto nem o poeta 
NENHUM
Escalafobético hermético chato: 
tudo que um poema tem de ser
de fato. Lobótomo átomo orgia.
Quero lhe comer no mato. Estranho. 
Ser estranho é preciso arrancar:
o siso de cada olhar. De fato citar 
deuses não é meu caviar. Mas cito
às vezes Ogum. Faço o poema nenhum. 
Sei lá o que quero disso aqui. É muito 
menos que se divertir. Muito mais q me
diluir. Defeco um pensamento e isso não 
é poema. É muito mais que algema. 
O blog do Rodrigo está aí ao lado, ou no:
 
 
2 comentários:
Rodrigo é duca,tem talento de sobra, merece ser coroado ao seu lado
abraço
valeu cassão. num mereço tanto.
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