6 de abril de 2009

CONFISSÃO NÚMERO I


Todo pensamento interfere no cosmos.
Há um inconsciente coletivo.
Há ligações, encontros e desencontros.
Há amor e desamor.
Sempre lembro das frases de Buda:
"Todo encontro está fadado a separação
e tudo que nasce morre".
Há tanta poesia que a poesia é
uma loucura mais santa, uma doação
das doações. Há tanta poesia que lembro
de um comentário de um amigo, Fernando Braga
quando no meu primeiro livro Lua Insana Sol Demente
disse que minha oficina de sonhos não podia parar.
Fiz da vida poesia e da poesia a própria vida, não há mais volta.
Há uma prosa que se estabelece no meu criado mudo.
Essa prosa ainda solta será uma arma além das minha pretenções.
Mergulho em hai-kais, disparo poemas anômalos, limpo orações
subordinadas que intensificam a linguagem.
Paro diante da natureza e simplifico minha ínfima
vontade de paz.

Um comentário:

BAR DO BARDO disse...

Sim, continua e se desnuda dos excessos.