30 de junho de 2009

Por quês

Por quês
O por que sem acento
acentua a onda da orgotráfica situação
Por que? Há interrogação
Me interroguem
Me perguntem
Por que ? Quê?
Mato toda cosmogonia
Atiço o fogo dos deuses e toda a luz
cintilada na janela mergulha-se
em som de Lenine, Zeca Baleiro,
Itamar Assumpção, Neil Young,
Paulinho Moska, Chico César.
(Eu quero é botar meu bloco
bem grande na rua)Sérgio Sampaio
É baby coloco Heráclito e Parmênides no ringue
Primeiro assalto quem soca primeiro?
Você passa,passa?
Você muda, muda?
Você tem identidade?
Se desfaz do seu ser?
Você muda só no sensível, tem mesmo o real?
Ou a multiplicidade do real te pega
E teu fogo te queima?
Você se banha duas vezes no mesmo rio?
Ou deixa suas cinzas voarem por aí na metamorfose
Ou a identidade é entre o ser e o pensar
As coisas que existem foram de mim são idênticas
ao meu pensamento?
E o que eu não conseguir pensar não pode ser na
realidade?
Vou deixar o fogo eterno e vivo que hora se apaga e
acende me queimar mais um pouco
Deixa a azaléia violeta do ikebana abrir
Meu anjo guardião toca a gaita assustado.

3 comentários:

Anônimo disse...

muito bom, professor, que dia vai me dar umas aulas? rs.
bjosss...

jorge vicente disse...

toca a música comigo, meu grande amigo.

este poema é fantástico!!!

um grande abraço
jorge

celia musilli disse...

Cássio , seus poemas se sofisticaram bastante...natural praalguém com seu talento... Um bj! Saudades.