Rodrigo de Souza Leão faria 44 anos ante ontem dia 04 de novembro,
mesmo dia que minha mãe faz aniversário.
Digão era e é um amigo muito querido meu. Irmão mesmo.
Sua passagem foi dia 1º de julho deste ano para o mundo espiritual.
Nós o entrevistamos (eu, Ricardo Wagner e Rafael Nolli) em 2007 no
Rio. Eu tinha planos de voltar ao Rio para revê-lo e falar com ele.
Velho, que saudade que sinto sua meu brother.
Alguns poemas do Digão aí embaixo:
O mendigo.
As nuvens flutuam nos olhos do anjo
As nuvens flutuam nos olhos do anjo
Alguém sabe que ela esbanja crepúsculos
Também o antipoder de conter a si em asas
E mascar as auréolas da realidade nua
.
Às vezes ela freia a bondade que esbanja
Para tocar a sua flauta divina em âmago
Ela só pode ser o que ele foi e é
E foi bom, pois naturalmente era assim:
.
Nem todos os anjos são bondosos
E a bondade pode ser uma praia nua
Ou uma mulher tão vazia quanto eu
Eu apenas fui bom como eu sou
.
Mas a bondade não é genética
Saber que meu filho pode cuspir na cruz
É o que me apavora muito mais
Do que a falta do dólar para o lanche
VIDA.
A mim foi negado tudo.
A mim foi negado tudo.
Até o absurdo.
RODRIGO DE SOUZA LEÃO
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