O sofá não sabia quem era Mozart, Descartes, Foucault,
Nietzsche, Sartre, Rosseau ou Russell. Foi dado a ele
por uma amiga professora. Chegara numa noite de
sábado, estava surrado.
Era um sofá vermelho, de dois lugares.
Suas poltronas talvez apontassem para a Índia,
num diálogo em Calcutá sobre meditação, dança,
yoga, sexo tântrico ou kamasutra.Ou falaria de Goeth
e Schopenhauer ao som de David Bowie.
O sofá via as vidas passarem. O doidão filósofo que
usava crack, o gay viciado em bebida, a evangélica
que transava com o pastor depois de todos os cultos.
Ele ia sendo detonado pelo tempo.
Até que dois adolescentes entraram na casa
e roubaram-no.
Nietzsche, Sartre, Rosseau ou Russell. Foi dado a ele
por uma amiga professora. Chegara numa noite de
sábado, estava surrado.
Era um sofá vermelho, de dois lugares.
Suas poltronas talvez apontassem para a Índia,
num diálogo em Calcutá sobre meditação, dança,
yoga, sexo tântrico ou kamasutra.Ou falaria de Goeth
e Schopenhauer ao som de David Bowie.
O sofá via as vidas passarem. O doidão filósofo que
usava crack, o gay viciado em bebida, a evangélica
que transava com o pastor depois de todos os cultos.
Ele ia sendo detonado pelo tempo.
Até que dois adolescentes entraram na casa
e roubaram-no.
2 comentários:
descritivamente poético. vamos pensar uma ida aí. valeu!!
nenhuma pista?
com um destes eu montava um divâ!
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