São esses olhos Antônio
Que viram também a crucificação de Pedro
de cabeça pra baixo
A crucificação de Cristo
A Crucificação de todos
Perante as leis que funcionam apenas em cima
As leis que funcionam para poucos
Os dentes escancarados para nos comer nos impostos
O pão podre servido num queijo passado
São estes olhos Artaud que me dão a bênção
num Anarquismo que comungo
E o nada
Nada
Nada
Nada
Para aqueles que não enxergam o ponto
Na circunferência.
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