21 de outubro de 2014
18 de outubro de 2014
ONDA NO VERSO
Para Gabriel Souza Coelho
Seu All Star e meu Starr.
Pinto sem querer o foco lá no fundo.
Você pinta os que estão a esmo.
Sua pintura verso em movimento.
Meu verso em movimento no inominável.
Seu traço rabisco arabesco.
Meu verso explosão quântica na dureza & leveza.
Verso na onda para lançar obras que são tresloucadas
no instante do preparo que a arte
nos assalta
Pinto sem querer o foco lá no fundo.
Você pinta os que estão a esmo.
Sua pintura verso em movimento.
Meu verso em movimento no inominável.
Seu traço rabisco arabesco.
Meu verso explosão quântica na dureza & leveza.
Verso na onda para lançar obras que são tresloucadas
no instante do preparo que a arte
nos assalta
Meu All Star e seu All Star
Escola de marte pra dar tom no concreto abrupto
que vivemos
Escola de marte pra dar tom no concreto abrupto
que vivemos
Limo palavras
e afio o machado
no infinito do signo
enquanto você pinta pessoas no indivisível.
e afio o machado
no infinito do signo
enquanto você pinta pessoas no indivisível.
11 de outubro de 2014
DALI
Tela de Salvador Dali
Dali os carros poluem
A bicicleta é o futuro da humanidade
Você acha que me engana
E finjo que sou bobo
O tempo marca a hora
Quando a máscara cair saberemos
Quem é quem
O petróleo será o jogo do azar
Dali não choro pelo seu sofrimento
Porque não tenho pena e dó de mim mesmo
Mas as formigas ainda nos esperam
O sol a pino escancará o jogo de enganação
Dali não tenho dó de quem
Usa a falsidade pra viver de Alice no país das Maravilhas
Mas a água redimirá quem é realmente sincero.
10 de outubro de 2014
OSSOS DO OFÍCIO
Tela de Basquiat
Ossos do ofício:
Ludibriar
Roubar
Dissimular
Enganar
Ossos do ofício:
O ão
Da exploração
Ossos do ofício:
Falem mal de mim
Não serve pra nada
8 de outubro de 2014
7 de outubro de 2014
XUL SOLARIZANDO O DIA
Tela de Xul Solar
Amar elo
azul verde amarelo
2 Bons tons mais 1
de cabelos que desfazem o sol
Sol nas tintas
Sol nas entrelinhas
Sol no âmago das coisas
mais precisas
Amar verde azul amarelo
O sol da alma do poema é descarrilhar
luz no infinito do significado
Cristalino verso
Matizes de laranja e vermelho
Que o pescoço levanta
Os olhos vêem a imensidão
no além
4 de outubro de 2014
O PALHAÇO E O HOMEM ESTÁTUA RISCAM A FELICIDADE NOS SINAIS DA VIDA
Tela de William Blacke
O dia acordo cinza e chumbo a poesia ultrapassa os raios solares.
Sexta-feira sempre é bom, folga e vamos na nossa dedicação.
A vida toma a forma, todos correm para trabalhar e lutam para sobreviverem.
Vou devagar, dirijo com cuidado.
Entro em Joinville. Passo pelo Batalhão do Exército, no sinal da Juscelino
Kubitschek onde dá acesso ao centro reduzo a velocidade no sinal vermelho.
Imediatamente o sinal verde abre. O palhaço que fica ali fazendo acrobacias
e malabares foge dos carros em direção a calçada.
Haviam algumas moedas no consule do nosso golzinho. Eu já imaginava
dá-las a ele.
O sinal abre e os carros vão rápidos, não tenho como entregar a moeda. Então,
jogo-a pela janela do carro. A moeda cai no chão, uma moça a pega e grita pra ele:
"É sua!" A moça entrega a moeda em suas mãos, pelo retrovisor o palhaço sorri. Mais
em frente perto da Blumenau o Homem Estátua que parei outro dia e troquei uma
ideia, o Johny atravessa a rua e segue em direção à esquerda , outro sinal fechado
e estou à direita. Abro mais a janela e pego outra moeda na mão esquerda para ele
ver, mas ele já tinha passado...
A senhora do lado com um sotaque carregado de descendência alemã diz:
"Que bonito!"
A moeda de R$1,00 quase não encontra os artistas no seu dia-a-dia.
Na semana que vem o palhaço e o homem estátua continuam suas missões
nos sinais da vida.
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