Tela de William Blacke
O dia acordo cinza e chumbo a poesia ultrapassa os raios solares.
Sexta-feira sempre é bom, folga e vamos na nossa dedicação.
A vida toma a forma, todos correm para trabalhar e lutam para sobreviverem.
Vou devagar, dirijo com cuidado.
Entro em Joinville. Passo pelo Batalhão do Exército, no sinal da Juscelino
Kubitschek onde dá acesso ao centro reduzo a velocidade no sinal vermelho.
Imediatamente o sinal verde abre. O palhaço que fica ali fazendo acrobacias
e malabares foge dos carros em direção a calçada.
Haviam algumas moedas no consule do nosso golzinho. Eu já imaginava
dá-las a ele.
O sinal abre e os carros vão rápidos, não tenho como entregar a moeda. Então,
jogo-a pela janela do carro. A moeda cai no chão, uma moça a pega e grita pra ele:
"É sua!" A moça entrega a moeda em suas mãos, pelo retrovisor o palhaço sorri. Mais
em frente perto da Blumenau o Homem Estátua que parei outro dia e troquei uma
ideia, o Johny atravessa a rua e segue em direção à esquerda , outro sinal fechado
e estou à direita. Abro mais a janela e pego outra moeda na mão esquerda para ele
ver, mas ele já tinha passado...
A senhora do lado com um sotaque carregado de descendência alemã diz:
"Que bonito!"
A moeda de R$1,00 quase não encontra os artistas no seu dia-a-dia.
Na semana que vem o palhaço e o homem estátua continuam suas missões
nos sinais da vida.
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