7 de abril de 2015

ARTE POIESIS URRANDO SIGNO

miséria humana seomario
um grito sempre o mesmo grito
esse arrepio que me dá você está aqui
gritando para mim
nas noites onde todos dormem

onde todos dormem de boca aberta
miséria das misérias seomario
o olho no olho
pentagrama que sai da testa
texto sobre texto de lâmina
cortando a carne dos incautos
brinde de superficialidade com frigidez
status quo de eu sou e não sou

miséria dos urros delirantes
das trocas comerciais
da venda da venda de nós mesmos
para aguentar este ditame de quem
é não o é

miséria apenas miséria das felicidades
pautadas em superficialidades mil
o futuro hoje numa gaiola
jaula das jaulas
explodidas com vontade

num poema
vindo de marte

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