Os poemas são todos
criaturas abruptas
Uivantes na lua
em cima do mar
Fazem parte da minha barba branca
Recolhem-se em estrelas galopantes
no fim da noite
Armam-se no barco que sai
a procura da pesca.
A vida sempre a pulsar um verso
onde a lágrima da passagem
dilacera-se da escuridão para a luz
que passei no sorriso.
São formas
Conteúdos
Que inauguram
o átimo
Sangue cortante
Luta incansável
do lobo que uiva
à beira do precipício
que escancara
o fogo.
Navalha que corta palavras
Feito a noite que corta a alma
Em busca de um dia
em que tudo recomece.
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