Pegadas na areia e cinza
Caminho pela praia, sozinho solitude, desvio da rota
principal.
As gaivotas se misturam aos urubus que voam essa liberdade
que me prende, me solta, me leva leve... Um sentimento de reflexo de eremita
que sempre fui , sou , um eremita buscador da luz. Há uma luz refletida nesse
meu lado obscuro onde feito um lobo surgido da matilha lhe estraguei o cristal mesmo sem querer e por impulso.A
praia meu santuário, uma foto que alivia esse coração selvagem. Meu peso te
agrediu na sua singeleza.
O mar tangente me convida a canalização. Meus antepassados
estão ali na névoa. Meu clã se refaz em mim caminhando pela areia que sopra
essa vida ínfima, um sopro no aprendizado, um mergulho para voltar por cima, voltar a rever-me, a sorrir. O sol
distante não percebe que a caminhada é prelúdio de mudança. Vento, esse vento
me é particular, é a tarde que profetiza vozes incendiadas de melodia , uma
música trespassa meu ser. Uma melodia de vida pulsa no meu olhar. Vida é
vivida, o que será?
Nenhum comentário:
Postar um comentário