25 de dezembro de 2008
DOSSIÊ MAICKNUCLEAR.
No meio de um mundo sem alma surge uma ogiva de luz, um guerreiro,
surge uma luz maior, alguém que detona seu atol de vícios lúdicos,
guerrilheiro além do meu doce valium starlight, poeta, sobretudo um poeta
mas na prosa é a própria bomba atômica.
Nuclear, MaicknucleaR eiditor da Revista Lasanha, escritor,
rapper, cantou, compositor, artista que impressiona.
Tomei algumas cervejas na Vila Madalena com ele, andamos
pela Augusta vendo as putas. As putas santas (sabemos porque)
claro são mais honestas que muitas mulheres. Ou não.
Maick é algo de se reverenciar. É um erai pra mim, um sensei.
Alguns escritos do maick ai:
Tocada 5: Mordendo a língua
Desrespeito seria olhar-te sem malícia. Sem me
imaginar flanando em seu ventre de algodão.
Agasalhando em tua lã de cor não lembrável. Ou
punhetando o dedo em tua boca mística enquanto
enrabo tua consciência de literata.
Don't let me fucking dow, bitch. Há cinco gramas de
enfermidade entre meu espírito (de lhe querer) e tua
carne (esquentando a minha) que corrompem toda a
explosão do atrito . E sem atrito, sem fogo. Só o frio
das quatro e meia, teus cigarros cansativos e
minhas velhas veleidades nada sóbrias.
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Tocada 6: Calada Trip
Tá. É lógico que não vão me chamar. Também: eu
parado chamo mais atenção que uma nave
espacial. Aí que ego vai me querer por perto? Mas
foda-se. Noventa e oito por cento minha
tecnologia diária é auto-sustentável (ou seja: nada é
inatingível e todos são dispensáveis, seja lá quem
for). Só peço para que tenha muito cuidado por
onde anda, pois todos os loucos de hoje
são caretas ricos que não tomam banho ou escovam os
dentes.
"A mina mora nos Jardins e sonha em ser uma puta
gangueira. Será que só ela não percebeu que a
Augusta é pop???".
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Onde terminam as preces
Versículo 12
Eis que me vejo, pisando em terras sem lei. Na
fronteira exata entre o céu e a insanidade.
Caminhando por escombros que exalam um forte
odor de fezes humanas. Debaixo do céu a parte
arruinada e obscura desta poderosa megalópole.
Eis que me reencontro com lugares onde as
perversões mais hediondas habitam. Onde a
violência é a única linguagem: a linguagem das
ruas.
Este é meu perigoso vagar, por ruas onde o Jazz
não existe, mendigos descansam em paz e
prostitutas psicóticas de topless te ameaçam com
navalhas enferrujadas.
[meu pensamento diz]
É cara, onde você foi parar? Reza pra ter asfalto
suficiente pra te levar até aquele retângulo de luz,
no final desse túnel interditado pela C. E. T.
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Do livro Meu doce VALIUM STARLIGHT
O blog do MaicknucleaR está linkado aí ao lado, ou no:
http://maicknuclear.wordpress.com/
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3 comentários:
adorei o livro, muito bom mesmo, e gostei da cara deste homenageado de hj, rsrs e seus escritos tbm.
feliz natal.
bjosss...
Gostei bastante. Dom da palavra.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Muito interessante a poesia do Maick. Tem atitude!
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